POLÍTICA
Lula volta a chamar guerra em Gaza de genocídio e defende Palestina
Presidente discursou durante conferência antes da abertura da ONU

Por Redação

O presidente Lula (PT) voltou a chamar de “genocídio” o conflito na Faixa de Gaza, que já dura quase dois anos, durante seu discurso na conferência da solução entre dois Estados que visa coexistência entre um Estado palestino e israelense nesta segunda-feira, 22.
“Como apontou a Comissão de Inquérito sobre os Territórios Palestinos Ocupados, não há palavra mais apropriada para descrever o que está ocorrendo em Gaza do genocídio. Por isso, o Brasil decidiu tornar-se parte do caso apresentado pela África do Sul à Corte Internacional de Justiça”, disse o mandatário.
As declarações do presidente brasileiro acontece na véspera da abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), realizada em Nova York, na sede da organização, na próxima terça, 23.
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Durante discurso, o presidente também afirmou que a questão da Palestina surgiu há 78 anos, quando a Assembleia Geral da ONU adotou o Plano de Partilha, originando a perspectiva de dois Estados. No entanto, apenas um se materializou, o de Israel.
“O conflito entre Israel e Palestina é símbolo maior dos obstáculos enfrentados pelo multilateralismo. Ele mostra como a tirania do veto sabota a própria razão de ser da ONU, de evitar que atrocidades como as que motivaram sua fundação se repitam”, afirmou.
Na ocasião, o petista também afirmou que o Brasil condenou enfaticamente os atos cometidos pelo Hamas e disse que o direito de defesa não autoriza a matança indiscriminada de civis.
“Nada justifica tirar a vida ou mutilar mais de 50 mil crianças, destruir 90% dos lares palestinos e usar a fome como arma de guerra, nem alvejar pessoas famintas em busca de ajuda”, afirmou o mandatário.
Veja discurso
Lula desafia Trump para conversa em meio à nova sanção ao Judiciário
O presidente Lula (PT) levantou bandeira nesta segunda-feira, 22, para uma possível conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em meio a nova sanção imposta pelo governo Trump contra o Judiciário brasileiro.
"No momento em que o presidente Trump quiser falar de política, eu também converso sobre política", disse Lula.
O petista afirmou à imprensa de Nova York, onde está hospedado para participar da abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que o diálogo político entre as nações foi fechado por iniciativa do republicano.
"Nunca conversamos antes, porque ele fez uma escolha. Na minha opinião, isso foi um erro. Ele fez uma escolha de construir uma relação com Bolsonaro, e não uma relação com o povo brasileiro", continuou o presidente.
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