TENTATIVA DE GOLPE
Mauro Cid presta novo depoimento à PF nesta quinta
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), possui um acordo de colaboração premiada
Por Redação
O tenente-coronel Mauro Cid, vai prestar novo depoimento à Polícia Federal (PF), na próxima quinta-feira, 5. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), possui um acordo de colaboração premiada e tem prestado informações que subsidiam inquéritos que miram o ex-presidente. As informações são do CNN Brasil.
O novo depoimento acontece duas semanas após o tenente-coronel ter sido ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para assim, manter os benefícios da colaboração premiada.
O acordo feito com o militar estava sob risco após a PF apontar omissões e contradições do tenente-coronel nas declarações dele sobre a trama golpista. Em novembro, Mauro Cid, Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciadas por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
O inquérito que apura o caso já foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo relator no Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Agora, cabe ao procurador Paulo Gonet decidir se denuncia ou não os indiciados.
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Cid conseguiu manter sua delação após detalhar sobre a atuação do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
O ex-ajudante de ordens é considerado uma das principais peças da apuração sobre a possível tentativa de golpe encabeçada por Bolsonaro, integrantes de seu governo e aliados. O STF homologou o acordo de delação de Mauro Cid em 9 de setembro de 2023.
Em março deste ano, Mauro Cid ficou sob risco de perder a delação premiada após áudios vazados em que ele critica Alexandre de Moraes e a Polícia Federal (PF). O tenente-coronel tinha sido solto em outubro de 2023, mas foi preso novamente para explicar o vazamento dos áudios publicados pela revista “Veja”.
Mauro Cid foi preso dia 3 de maio de 2023 por, assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, terem sidos indiciados pela PF no caso da falsificação do cartão de vacinas contra a covid-19 e também pela venda das joias sauditas recebidas pelo ex-presidente.
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