POLÍTICA
Mesmo nos EUA, Eduardo Bolsonaro usa verba para alugar carro no Brasil
Deputado licenciado gastou R$ 8 mil mensais com locadora de ex-assessor
Por Da Redação

Nos Estados Unidos desde 10 de fevereiro, para onde foi após alegar perseguição política, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) utilizou recursos da Câmara dos Deputados para alugar um carro no Brasil nos meses de fevereiro e março por um valor de R$ 8 mil mensais.
Segundo publicação do Metropoles, o carro, um Jeep Commander, foi alugado pela empresa Novocar Locadora de Veículos Ltda, empresa que pertence a um ex-assessor do deputado, Joel Novaes da Fonseca. Um ponto levantado pela reportagem, é que a empresa não funciona no endereço indicado na nota fiscal, que seria um espaço de coworking, e tampouco tem site ou perfis em redes sociais.
Eduardo Bolsonaro estaria recebendo também os reembolsos da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), destinado para gastos com combustíveis e pedágios rodoviários, o que pode ser utilizado por assessores desde que seja relacionado a atividades parlamentares.
A Novocar, que já foi registrada em nome de dois militares da reserva, tem sido utilizado para locação de carros por deputados da PL desde o momento em que Jair Bolsonaro (PL) foi eleito presidente em 2018.
Atual proprietário, Joel já foi também assessor de Jair Bolsonaro tanto na Câmara Federal, quando era deputado, quanto na presidência, no cargo de assessor especial
Porta-voz do bolsonarismo
Eduardo, que é apontado como um dos mentores do 'tarifaço' de 50% das transações comerciais envolvendo o Brasil, imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é investigado pela sua atuação junto ao governo norte-americano para promover medidas de retaliação contra o Brasil e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e tentar barrar o andamento da ação penal na Corte sobre a trama golpista, que tem seu pai como um dos réus.
Eduardo chegou a cogitar renunciar seu mandato, mas informou, em live realizada no domingo, 20, que não irá fazé-lo. De acordo com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a licença de 120 dias termina neste domingo, e o deputado pode ser cassado por faltas ao não retornar ao Brasil. O PL, partido de Eduardo, tenta uma manobra para ampliar esse tempo.
Uma outra manobra pensada pelo PL é nomear o parlamentar como secretário de governo em São Paulo, Santa Catarina ou no Rio de Janeiro, estados onde os gestores são aliados do pai de Eduardo. A medida manteria o mandato de Eduardo ativo e foi alvo de ação do PT, que tenta impedir o movimento no Supremo Tribunal Federal (STF).
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