EUA
Ministro se pronuncia sobre abuso de direitos humanos em deportações
Pronunciamento do ministro acontece após denúncias de maus-tratos relatado pelos brasileiros
Por Redação
Com pés e mãos algemados e sem direito a uma alimentação digna, isso é o que relata os brasileiros que foram deportados dos Estados Unidos (EUA). O caso chocou autoridades brasileiras que se manifestaram contra a situação.
Nesta segunda-feira, 27, foi a vez do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, se pronunciar sobre o ato, previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada em 1948 pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Tivemos uma reação muito sóbria. Não queremos provocar o governo americano, até porque a deportação está prevista em tratado, mas obviamente essa deportação tem que ser feita com respeito aos direitos fundamentais das pessoas, sobretudo daqueles que não são criminosos”, disse Lewandowski em almoço com empresários organizado pelo grupo Lide, em São Paulo.
Leia mais
>>Após denúncias de agressão, ministra se pronuncia sobre deportação
>>Deportações nos EUA: Trump prepara nota em resposta ao Brasil
>>Brasileiro é deportado por Trump após 35 anos vivendo nos EUA
Os brasileiros ainda relataram que foram agredidos por agentes americanos durante o voo de repatriação, com destino a Belo Horizonte (MG). A aeronave, contudo, apresentou falha técnica e fez um pouso forçado em Manaus (AM).
As algemas foram retiradas a pedido do ministro. É comum que os deportados retornem ao seu país amarrados, por ordem do país estrangeiro. Lewandowski afirmou que recebeu as queixas assim que os brasileiros desembarcaram na capital amazonense.
“Os americanos exigiram que os brasileiros, já em território nacional, sob a custódia do Estado brasileiro, permanecessem acorrentados e ingressassem em outro outro avião que estava vindo dos Estados Unidos. Isso é absolutamente inadmissível. Eles não tinham nenhuma acusação do ponto de vista criminal”, declarou.
O gestor de Justiça, por sua vez, diz acreditar que o caso pode gerar um constrangimento diplomático e falou ao telefone com o presidente Lula (PT).
"Expliquei os detalhes, que eram constrangimentos absolutamente inaceitáveis em território brasileiro, onde exercemos a nossa soberania", disse. "Houve um mal-estar, mas o presidente, de forma muito determinada, disse que iria mandar o avião da FAB, que os brasileiros têm que ser tratados com dignidade e voltar aos seus locais de origem em segurança", concluiu.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes