BOLSONARO NO STF
Defesa de Bolsonaro acusa STF de atropelo: "Sem acesso às provas"
Defesa do ex-presidente critica prazo curto e dificuldade de acesso a "bilhões" de documentos do processo

Por Flávia Requião

Durante o julgamento da ação penal que investiga uma suposta trama golpista envolvendo o ex-presidente, o criminalista Celso Sanchez Vilardi, responsável pela defesa de Jair Bolsonaro (PL), destacou dificuldades enfrentadas no acesso às provas do processo.
“Nós não tivemos o tempo que o Ministério Público e a Polícia Federal tiveram e não tivemos acesso à prova durante a instrução. Quero fazer às vossas excelências que, em 34 anos, é a primeira vez que venho à tribuna com toda a humildade: eu não conheço a íntegra desse processo. O conjunto da prova eu não conheço”, afirmou.
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Vilardi ressaltou ainda que a instrução ocorreu em período muito curto. “São 'bilhões' de documentos, em uma instrução de menos de 15 dias, seguida de interrogatório. A instrução começou em maio e estamos em setembro. Não pude questionar a cadeia de custódia das provas, algo essencial para a defesa”, completou.
A Primeira Turma do STF julga desde ontem o núcleo central da investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Além de Alexandre de Moraes (relator), o caso está sendo analisado pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
Os réus respondem por golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
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