POLÍTICA
Bolsonaro no STF: defesa alega inocência de Walter Braga Netto
Advogado também reclama de falta de acesso ao processo

Por Cássio Moreira

O advogado José Luis Oliveira Lima, responsável pela defesa de Walter Braga Netto (PL), foi direto ao iniciar a tese, na sessão desta quarta-feira, 3, do julgamento do 'núcleo 1' da trama golpista, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmar que o general é inocente.
Walter Braga Netto é inocente
Segundo o advogado, os autos do processo mostram que Braga Netto, apontado como um dos mentores do plano de derrubada do Estado Democrático de Direito, não tem qualquer ligação com a articulação golpista. José Luis Oliveiram, no entanto, disse discordar dos ataques feitos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos ministros da Corte.
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"Walter Braga Netto é inocente. Quem diz isso são os autos, as provas produzidas nessa ação penal, os inúmeros documentos juntados nesse processo", pontuou o advogado ao iniciar sua fala.
Acesso ao processo
O representante da defesa de Walter Braga Netto, que está preso, ainda reclamou das dificuldades para ter acesso ao processo. Para o advogado, o tempo entre a leitura dos documentos e o julgamento atrapalhou na atuação da defesa.
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"Neste processo, essa defesa não teve esse exercício pleno [...] Tivemos acesso, mas tivemos acesso a quase totalidade em maio deste ano. É um processo que tem que acabar, mas que tivesse um tempo mais razoável. Esse procedimento, estamos falando de seis meses. Essa rapidez não pode prejudicar o direito de defesa. É evidente que a defesa teve sua atuaçlão cerceada", explicou.
Vice de Bolsonaro
Ex-ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo Bolsonaro, Walter Braga Netto foi escolhido como vice na chapa presidencial de 2022. Filiado ao PL, o candidato derrotado à vice-presidência está preso desde dezembro de 2024, sob acusação de obstrução de Justiça.

Julgamento
A Primeira Turma do STF julga o núcleo central da investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Além de Alexandre de Moraes (relator), o caso está sendo analisado pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

Os réus respondem por golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
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