POLÍTICA
Nova lei do streaming vai subir o preço da Netflix? Entenda
Projeto aprovado pela Câmara cria taxa sobre o faturamento das plataformas

Por Flávia Requião

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 4, o texto-base do Projeto de Lei 8889/17, que regulamenta os serviços de streaming no Brasil. A análise das 14 emendas restantes foi adiada para esta quarta, 5 e o texto ainda pode sofrer alterações antes de seguir para o Senado.
O que muda com a nova lei?
Pela proposta, plataformas pagas como Netflix, Prime Video, Disney+, Apple TV+ e Globoplay terão de repassar 4% da receita bruta anual ao Fundo Setorial do Audiovisual. Parte desse valor poderá ser abatida se as empresas investirem em produções brasileiras.
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Já os serviços gratuitos, como YouTube, TikTok e Instagram, pagarão até 0,8% da receita, sem direito a desconto.
O texto também obriga as plataformas a manter pelo menos 10% de conteúdo nacional em seus catálogos nos próximos seis anos. Até 40% do valor arrecadado poderá ser investido diretamente por produtoras brasileiras registradas na Ancine.
A principal consequência esperada é o aumento da presença de produções brasileiras nas plataformas, com mais séries, filmes e documentários feitos no país.
Vai mudar o preço da assinatura?
De acordo com fontes do setor à Folha de S.Paulo, o preço das assinaturas não deve subir no curto prazo. O impacto da nova taxa é considerado pequeno e tende a ser absorvido pelas empresas.
Ainda segundo especialistas, fatores como a variação do câmbio e os custos de produção internacional influenciam muito mais os valores cobrados dos assinantes.
Quando entra em vigor?
Após a votação das emendas, o texto seguirá para o Senado Federal. Se aprovado sem mudanças, será enviado para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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