ALBA
“O nome do PSD para a 1ª vice é Rosemberg”, garante Otto Alencar
Presidente da sigla na Bahia assegura que o PT ficará com a 1ª vice-presidência da Alba
Por Lula Bonfim e Cássio Moreira
O senador Otto Alencar, presidente do PSD no estado, garantiu nesta quinta-feira, 23, que seu partido não irá requerer o posto de 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Segundo ele, a legenda já definiu que essa vaga está assegurada para o PT.
“Já conversamos internamente e já decidimos que o nome do PSD para a 1ª vice-presidência da Alba é o do deputado Rosemberg Pinto, do PT. Está definido. Quem está dizendo isso sou eu, presidente estadual do PSD”, assegurou Otto, em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE.
Nos bastidores da Alba, deputados têm sugerido que o PSD poderia estar considerando a possibilidade de passar a perna no PT, retirando os petistas da linha sucessória de Adolfo Menezes (PSD), atual presidente da Casa e que busca a reeleição. O escolhido para ocupar o posto de 1º vice-presidente seria o deputado estadual Angelo Coronel Filho (PSD).
Leia mais
>> Alba deve alterar regimento para possível 'queda' de Adolfo
>> PSD mantém nome de Adolfo na disputa pela presidência da ALBA
>> "Quem vai dizer é o governador", diz Otto sobre Sedur
A avaliação é que, mesmo que eleito pela maioria absoluta dos deputados estaduais, a reeleição de Adolfo pode acabar sendo anulada, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) entenda pela impossibilidade inconstitucional de recondução à presidência de um Poder Legislativo dentro de um mesmo mandato.
Nesse caso, segundo alguns parlamentares, se o PT assumir também a presidência da Alba, o legislativo baiano poderia perder parte de sua independência em relação ao governo do estado, também comandado pelos petistas — atualmente, o governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Essa movimentação antipetista na Alba também estaria ligada ao senador Angelo Coronel (PSD-BA), que vê no legislativo uma oportunidade de viabilizar sua candidatura à reeleição para o Senado Federal em 2026, em meio a debates sobre a saída dele e a entrada do ministro Rui Costa (PT) na chapa.
Para Otto, porém, excluir o PT da linha sucessória de forma arbitrária, desrespeitando o tradicional princípio da proporcionalidade na formação da Mesa Diretora da Alba, não seria o melhor caminho.
“Não veria como uma atitude inteligente excluir qualquer partido da Mesa Diretora. Muito menos o PT, que é um aliado importante. Não faríamos isso e não faremos”, concluiu o senador.
Procurado pelo Portal A TARDE no começo desta semana, o presidente Adolfo Menezes afirmou não ter previsão de quando a alteração regimental que garante a convocação de uma nova eleição de forma imediata será votada pela Casa. Para que a sessão extraordinária seja convocada, é necessário um acordo de dispensa de formalidade entre as lideranças de governo e oposição.
"Tem que ter dispensa de formalidade pelos líderes da oposição e da situação [...] Mesmo que eu convoque a tramitação normal, não tem previsão para ser votada. Depende dos líderes sentarem para definir para abrir mão dos prazos", explicou Adolfo.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes