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Olívia Santana rebate ataques após abordagem da PM: "Lamentável"

Deputada fala sobre situação ocorrida na quarta, 1°

Publicado quinta-feira, 02 de maio de 2024 às 17:15 h | Autor: Cássio Moreira e Gabriela Araújo
Olívia relatou truculência policial em abordagem
Olívia relatou truculência policial em abordagem -

A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) rebateu, nesta quinta-feira, 2, em conversa com o Portal A TARDE, os ataques feitos por políticos ligados à Polícia Militar, após a parlamentar relatar uma abordagem truculenta de agentes, na quarta, 1°.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o coronel Humberto Sturaro, que foi candidato a deputado estadual em 2022, colocou o relato de Olívia como "palavras ao vento". A deputada classificou como "lamentável" o que ela enxerga como uma tentativa de politização do episódio.

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"Esse método de tentar desqualificar a palavra da vítima, isso a gente já conhece. É lamentável fazer esse tipo de politização de um episódio como aquele, não nos ajuda na luta pela dignidade humana. A minha crítica, eu sustento e mantenho. Esse vídeo que está sendo usado para tentar distorcer o ocorrido é um vídeo que foi feito com a situação controlada, depois que os policiais já tinham visto que se tratava da deputada Olívia", disparou Olívia.

A parlamentar ainda reforçou que sua crítica foi feita ao método adotado na abordagem, com o uso de palavrões e outras formas de intimidação. Olívia Santana foi parada pelos policiais no Vale das Pedrinhas, enquanto se dirigia para uma agenda no bairro de São Caetano.

"A minha crítica incidiu sobre a abordagem. A Polícia Militar tem a prerrogativa de fazer blitz, de mandar um carro mandar parar, mas a minha questão é a forma. Não existe nenhum protocolo que autorize um policial a esbravejar palavrões, apontando armas em determinado carro, de mandar as pessoas saírem com a mão na cabeça. Quando ele faz isso, ele desestabiliza, ele cria um clima de temor, de terror. Você está ali com a pessoa lhe xingando, falando palavrões [...] Eu fiz a crítica a esse tipo de abordagem que acontece todos os dias", afirmou, que ainda disse se recusar a debater o assunto em um nível "rebaixado".

"Precisamos de uma polícia que zele pela cidadania, que protege a dignidade humana. Isso não é se colocar contra a polícia. Essas pessoas que estão fazendo esse tipo de distorção é porque tem outros interesses. Querem alimentar as redes e ódio, porque elas crescem com relação a esse tipo de público. Eu me recuso a fazer o debate nesse nível rebaixado, quero fazer o debate na afirmação de que a instituição policial pode fazer abordagens, é parte da promoção de segurança da sociedade. É preciso primar por uma conduta que mantenha esse nível de respeito, de especialidade", fechou a parlamentar, que também defendeu a utilização de câmeras na farda da polícia. 

Em nota divulgada à imprensa, a Associação de Praças da Polícia e Bombeiro Militar da Bahia (APPM-BA), refutou as acusações feitas pela deputada e afirmou que Olívia tenta promover um "apagamento social" dos policiais envolvidos na abordagem.

Veja:

Na manhã de ontem (1) quarta-feira, feriado do dia do trabalhador, a parlamentar estadual do PCdoB Olívia Santana passou por uma abordagem na região do Vale das Pedrinhas, e entendeu como violenta a abordagem PM. Chegando a dizer que sua vida e dos seus assessores "ficaram por um triz". Imagens do ocorrido mostram que não houve nenhum excesso durante a abordagem policial.

A deputada pediu ainda câmeras corporais imediatamente para a tropa, pois no entender dela essa nova modalidade de "big brother" resolverá todos os problemas da Segurança Pública. Tomando como parâmetro o desproporcional argumento da parlamentar, se todos gabinetes públicos forem filmados, por encanto, acabará a corrupção e os maus feitos na política baiana e brasileira. Será mesmo?

A deputada ainda afirmou que ouviu a sirene da viatura,  mas não imaginou que fosse para o veículo que ela estava, só não justificou o motivo em não acreditar nisto. Ontem foi dia do trabalhador,  feriado e nossos guerreiros e guerreiras seguem na rua, na missão de servir e proteger mesmo com o risco da própria vida, sem receber periculosidade,  com GAP que varia de III a V, com CET de 35% a 90%, com total desvalorização financeira e profissional  e, ainda por cima, sendo desrespeitados por uma parlamentar,  que ao invés de apresentar projetos e colaborar com a mudança do cenário de violência na Bahia, optou por atacar policiais militares. 

Mas, estes têm representante,  e não sofrerão do apagamento social que é de costume da deputada promover. A Associação de Praças da Polícia e Bombeiro Militar- APPMBA,  está a disposição dos colegas da 40ª CIPM que estavam de serviço.

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