POLÍTICA
Oposição articula e derruba MP do IOF na Câmara
Queda da Medida Provisória provoca 'rombo' na arrecadação

Por Cássio Moreira

A Câmara dos Deputados derrubou, nesta quarta-feira, 8, a Medida Provisória 1.303/2025, que garantia a alteração na arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O placar da votação foi de 251 a 193, com a articulação dos parlamentares da oposição e de parte do chamado 'centrão'.
Com o fim da validade da MP, que expirou nesta quarta, 8, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode deixar de arrecadar até R$ 17 bilhões entre 2025 e 2026, o que deve causar um 'rombo' no orçamento previsto pelo Palácio do Planalto.
Mais cedo, o presidente Lula chegou a exonerar André Fufuca (PP), Celso Sabino (União Brasil) e Silvio Costa (Republicanos) dos ministérios para garantir mais votos na pauta (os três são deputados licenciados), e criticou qualquer movimentação política no sentido de reprovar a pauta.
Candidatos articulam
Potenciais adversários de Lula na eleição presidencial de 2026, os governadores de São Paulo e do Paraná, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ratinho Júnior (PSD), articularam, nos bastidores, para que os partidos do centrão votassem contra a matéria.
Tarcísio não se pronunciou, mas Ratinho Júnior usou as redes sociais para confirmar a orientação.
"Em conversa hoje com a bancada federal do Paraná, defendi aos deputados que votem contra a medida do governo federal que prevê um novo aumento da carga tributária. O brasileiro está cansado de pagar tantos tributos para sustentar uma máquina pública inchada", escreveu o governador.
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