NA MIRA
PF pede ao STF para investigar senador por ligação com bets
Relação entre Ciro Nogueira e Fernandin OIG levanta suspeitas
Por Redação

A Polícia Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma autorização para investigar as conexões entre o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o empresário do ramo de bets Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG, dono da One Internet Group.
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A informação foi revelada pela Revista Piauí, e segundo a reportagem, o pedido, de caráter sigiloso, foi distribuído ao gabinete da ministra Cármen Lúcia no fim de maio, pouco antes do encerramento da CPI das Bets.
Na mesma época, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI das Bets, pediu a exclusão de Nogueira do colegiado. O motivo é uma suposta viagem do parlamentar em um jatinho de Fernandin OIG, revelada em outra reportagem da revista Piauí. O senador viajou para a França, onde acompanhou o Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1.
Além da viagem até a Europa, a revista afirma que Relatórios de Inteligência Financeira acessados pela CPI mostram transferências de Fernandin OIG para um ex-assessor de Ciro Nogueira no valor de R$ 625 mil. Na mesma época, o ex-assessor depositou R$ 35 mil na conta do senador.
Nogueira afirmou à Piauí que o montante dizia respeito ao reembolso de uma reserva de hotel na Itália, enquanto os R$ 625 mil eram relativos ao pagamento de um relógio de luxo negociado entre Fernandin OIG e o ex-assessor.
Segundo a revista, o pedido feito ao STF é um desdobramento de uma iniciativa da senadora Soraya Thronicke, que reuniu dados da CPI e os enviou à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Federal.
Quem é Fernandin OIG
Fernandin OIG é fundador da One Internet Group, empresa da área de tecnologia, e dono das empresas de apostas 7 Games Bet, R7 Bet e Betão Bet, que oficialmente faturam 200 milhões de reais por ano, segundo uma estimativa do próprio empresário em seu depoimento à CPI.
Sem resposta
Até o momento, o senador não se manifestou. Por meio de nota enviada ao jornal O Globo, a PF disse que " não se manifesta sobre eventuais investigações em andamento". Já a assessoria de imprensa do STF afirmou não ter localizado processos recentes em nome do parlamentar, mas acrescentou que a ação pode estar sob sigilo.
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