POLÍTICA
"Posso fugir agora", afirma Bolsonaro sobre retenção de passaporte
Ex-presidente lamentou ausência na posse de Trump e voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes
Por Fernando Valverde
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em entrevista ao canal AuriVerde Brasil, que produz conteúdos voltados para a direita no Youtube, que a retenção do seu passaporte por ordem do ministro Alexandre de Moraes, que inclusive o frustrou de estar presente na posse do presidente americano Donald Trump, não o impediria de fugir do Brasil se ele assim quisesse.
A declaração veio após Bolsonaro voltar a criticar Moraes pela negativa da devolução do documento, o que impediu que o brasileiro fosse aos EUA.
"Eu não sou réu, pô. ‘Ah, pode fugir’. Eu posso fugir agora. Qualquer um pode fugir", disse Bolsonaro.
"Eu fui convidado, apesar das fake news de alguns, a imprensa do mundo todo divulgou isso aí, como a imprensa do mundo todo está divulgando que eu não pude ir para lá por causa da decisão de um juiz, um juiz que é o dono de tudo aqui no Brasil, é dono da sua liberdade. Ele abre inquérito, ele te ouve, ouve o delator, ele é o promotor, ele é o julgador, ele encaminha o juiz pra fazer parte da audiência, tudo ele".
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Bolsonaro também se manifestou sobre o vídeo que circulou nas redes sociais, no qual ele, visivelmente emocionado, se despede da sua esposa, Michelle Bolsonaro, que embarcou para os Estados Unidos para representar a família.
"Ela tem personalidade, faz um trabalho discreto. Logicamente, queria estar do lado dela. Por isso, a gente chora. Por que não chora? Ou eu sou uma máquina. Eu tenho as minhas fraquezas. Está certo? Queria estar com ela. Infelizmente, não pude estar presente. Ela foi para lá".
Nesta segunda, 20, Bolsonaro postou uma foto em suas redes sociais assistindo à cerimônia da posse de Trump acompanhado do vereador Carlos Bolsonaro, seu filho, e de deputados federais, incluindo o deputado Rodrigo Valadares (União-SE), autor da “PL da Anistia”, que pede pelo perdão dos condenados pelo 8 de Janeiro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
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