SOB NOVA DIREÇÃO
Rede Sustentabilidade empossa novos porta-vozes e projeta crescimento
Partido busca se tornar mais conhecido e não descarta rediscutir federação com PSOL
Por Alan Rodrigues

Com 10 anos de fundação, o partido Rede Sustentabilidade passa por uma renovação nos seus quadros executivos, tanto nacional quanto nos estados, e tem como desafio se tornar mais conhecido e ampliar sua presença nas casas assembleias legislativas e Congresso Nacional.
Para isso, os novos porta-vozes recém-empossados pretendem ampliar a base de filiados e militantes, identificando nomes viáveis para as eleições do próximo ano e até mesmo atraindo parlamentares com mandato para a legenda. A missão primordial e mais urgente, no entanto, é unificar o partido.
As eleições realizadas no primeiro semestre foram marcadas por uma extensa batalha judicial e embates que expuseram um racha entre as principais lideranças nacionais da legenda, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a ex-senadora Heloísa Helena, cujo grupo saiu vencedor nessa disputa.
Pé na lama
Mas, a fratura está longe de ser cicatrizada, como lembra a própria ex-senadora. ‘Todo o processo que nós vivenciamos, de ataques cotidianos na mídia, de processos o tempo todo na justiça, para impedir que a decisão dos militantes da Rede fosse respeitada, isso é inaceitável’, diz Heloísa.
Isso, no entanto, não significa necessariamente a saída do grupo perdedor do partido, apesar de conversas com outros partidos, tanto para migração partidária como para articulação de uma nova federação, como explica o porta-voz nacional da Rede, Paulo Lamac, ex-vice-prefeito de Belo Horizonte.
“Todo mundo está conversando com todo mundo. PSOL e Rede estão dialogando com outros partidos. A federação tem um potencial muito positivo, faltam alguns meses para o prazo da constituição das federações para a próxima eleição (abril de 2026), é o momento de amplo diálogo”, defende Lamac.
O porta-voz enaltece a liderança de Heloísa Helena e valoriza a independência do partido. ‘A Rede é um partido que não tem dono nem dona. Os filiados definem os destinos e a nossa riqueza está nisso. Um partido que, se por um lado é pequeno, por outro nunca teve o pé enfiado na lama”, alfineta.
Leia Também:
Movimento social
Presidente estadual da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Marcelo Carvalho foi empossado nessa sexta-feira, 25, como porta-voz da Rede na Bahia e é também coordenador nacional de movimentos sociais. Para ele, o crescimento do partido passa pela ampliação da base sindical e de outros segmentos.
“Nacionalmente, estamos buscando diálogo a partir do movimento sindical mas dialogando com representantes do movimento LGBTQIAPN+, mulheres, movimento negro, indígenas”, revela. Com planos de fazer um deputado estadual e um federal na Bahia em 2026, Marcelo aposta numa base forte.
“Nós temos por obrigação coordenar um novo movimento social a partir do nosso partido no estado da Bahia. De transformar. De fazer com que o partido ganhe a capilaridade tão necessária para o desenvolvimento das pessoas, cuidar das pessoas e do meio ambiente, de forma coletiva e de forma conjunta”, projeta.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes