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Saiba como funcionava a Abin paralela do governo Bolsonaro
Polícia Federal cumpre mandados nesta quinta-feira, 11
Por Da Redação
Drones, câmeras e monitoramento telefônico. Assim funcionava a chamada 'Abin paralela' criada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem. Nesta quinta-feira, 11, a Polícia Federal cumpriu mais uma etapa da Operação Última Milha, que investiga a atuação do órgão ligado ao Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin).
A Abin tem como principal função conceder informações confiáveis à Presidência da República, por meio de relatórios. Segundo a PF, até mesmo um software para monitorar 'inimigos' pelo telefone, o FirstMile, foi utilizado. Entre os alvos, políticos, membros do Judiciário e jornalistas críticos ao governo.
De acordo com o jornal O Globo, um servidor do órgão teria relatado que a Abin comprou drones em 2021 para garantir o monitoramento das superintendências regionais da agência.
Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), estão entre os espionados de forma clandestina pela Abin paralela. Presidente da CPI da Covid-19 no Senado, o senador Omar Aziz (PSD) também foi monitorado, assim como o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; Arthur Lira (PP), atual mandatário do posto; Joice Hasselmann, ex-deputada; Kim Kataguiri, deputado federal; e os senadores Renan Calheiros (MDB), Alessandro Vieira (MDB) e Randolfe Rodrigues.
Os jornalistas Pedro Cesar Batista, Mônica Bergamo, Vera Magalhães e Luiza Alves Bandeira também foram alvos do esquema de espionagem, assim como o ex-governador de São Paulo, João Doria.
A Polícia Federal encontrou no computador de Ramagem um áudio de uma reunião entre ele e Bolsonaro, que aconteceu em 2020. No encontro, os dois traçaram uma estratégia para blindar o filho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL), investigado por um suposto esquema de rachadinhas.
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