POLÍTICA
Saiba o passo a passo do julgamento de Bolsonaro por trama golpista
STF começa a avaliar condenação ou absolvição do núcleo 1 do plano de golpe nesta terça-feira, 2

Por Redação

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira, 2, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete acusados de articular uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Entre os resultados possíveis para a sessão desta terça, está a condenação ou absolvição. O caso será analisado pela Primeira Turma do STF, conforme o regimento da Corte para julgar ações penais.
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A Turma é composta por Alexandre de Moraes, que é o relator do caso, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Ao todo, foram reservadas cinco sessões para o julgamento, que devem ocorrer nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.
Entenda as etapas do julgamento
Leitura do relatório
- feita pelo ministro Alexandre de Moraes
- relembra as etapas do processo e detalha as acusações da PGR
- não há limite de tempo para a leitura
Manifestação da PGR
- procurador-geral da República, Paulo Gonet, fala em seguida
- tem até 2 horas para sustentar a acusação e pedir a condenação dos réus
Manifestação das defesas
- advogados dos oito acusados falam depois
- cada um tem 1 hora para defender a absolvição
- defesa do tenente-coronel Mauro Cid fala primeiro, por ele ser delator
- os demais advogados devem falar em ordem alfabética dos réus (critério adotado por Moraes, mas não obrigatório no STF).
Votos
- Após as manifestações, Alexandre de Moraes apresenta seu voto e, se condenar, sugere as penas.
- Em seguida, votam os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, nessa ordem.
- Eles podem justificar o voto ou apenas acompanhar o relator.
A condenação do ex-presidente tem sido vista como certa, no entanto, pode haver divergência entre os ministros na dosimetria da pena.
Confira os réus do núcleo 1 da trama golpista:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente;
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Bolsonaro, candidato a vice-presidente em 2022;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente;
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-presidente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
- Almir Garnier, almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Bolsonaro; e
- Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa de Bolsonaro.
O grupo responde por golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
A única exceção é Alexandre Ramagem, que teve a acusação de dois crimes suspensa pela Câmara dos Deputados. Ele responde apenas por golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada.
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