POLÍTICA
Silvinei dividirá cela na Papudinha com ex-ministro Anderson Torres
Ex-diretor da PRF deve cumprir pena por 24 anos e 6 meses de prisão

Por Victoria Isabel

O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques vai dividir cela com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, no 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (19º BPM), a Papudinha. Condenado a mais de 24 anos por tentativa de golpe de Estado, Silvinei foi preso no Paraguai na sexta-feira, 26, ao tentar fugir para El Salvador.
Silvinei desembarcou em Brasília neste sábado, 27, em voo da Polícia Federal e foi levado ao batalhão para cumprir prisão preventiva decretada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
Embora estivesse em liberdade, Silvinei cumpria medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de deixar o país. A tentativa de fuga e a violação do monitoramento levaram à decretação da prisão preventiva.
Tentativa de fuga
Segundo as investigações, Silvinei tentou embarcar no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, com passaporte falso, usando o nome Julio Eduardo Fernandez.
A farsa foi descoberta por agentes de imigração paraguaios, que notaram que as impressões digitais e a numeração dos documentos não correspondiam ao passageiro. Pressionado durante a abordagem, o ex-diretor acabou confessando que a documentação era fraudulenta.
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Condenação de 24 anos e trama golpista
A tentativa de fuga acontece no rastro de sua recente condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Silvinei recebeu pena de 24 anos e 6 meses de prisão por:
- Tentativa de golpe de Estado: Atuação no chamado “núcleo operacional” para reverter o resultado das eleições de 2022.
- Obstrução de votos: Uso da estrutura da PRF para realizar operações ilegais no dia do segundo turno, especialmente no Nordeste, visando dificultar o acesso de eleitores às urnas.
Cargo público e exoneração recente
Até o início de dezembro, Vasques ocupava o cargo de Secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação em São José (SC). Ele pediu exoneração no mesmo dia em que a sentença do STF foi publicada, momento em que iniciou os preparativos para a fuga frustrada em solo paraguaio.
Além da pena de reclusão, ele acumula condenações por improbidade administrativa e uso político da PRF, que incluem multas superiores a R$ 500 mil e a perda de direitos políticos.
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