POLÍTICA
Silvinei Vasques é transferido para Brasília após tentativa de fuga
Ex-diretor da PRF desembarca na capital federal para cumprir prisão em unidade de segurança

Por Isabela Cardoso

O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi transferido para Brasília neste sábado, 27. Após passar a noite em Foz do Iguaçu (PR), ele agora fica à disposição da Justiça na capital federal.
A transferência ocorre após sua prisão no Paraguai, onde tentava fugir para El Salvador com documentação falsa.
Silvinei, condenado pelo STF a 24 anos e seis meses de prisão por participação em trama golpista, rompeu sua tornozeleira eletrônica na madrugada de Natal. O sinal de GPS do equipamento cessou às 3h do dia 25 de dezembro, desencadeando uma operação imediata da Polícia Federal para localizá-lo.
A estratégia de fuga e a prisão no Paraguai
Para deixar o Brasil, Vasques utilizou um carro alugado e partiu de São José (SC) rumo à fronteira paraguaia levando pertences pessoais e um cachorro da raça pitbull. No Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, ele tentou embarcar usando um passaporte paraguaio em nome de Julio Eduardo.
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Como parte do disfarce, ele portava uma carta alegando sofrer de câncer cerebral e perda de fala, justificando a viagem como busca por tratamento médico. A farsa foi descoberta pelos agentes de imigração, que identificaram a inconsistência nas impressões digitais.
Defesa pede permanência em Santa Catarina ou cela especial
A defesa do ex-diretor solicitou ao ministro Alexandre de Moraes que a custódia seja cumprida em Santa Catarina, alegando vínculos familiares. Caso o pedido seja negado, os advogados requerem que ele seja encaminhado à "Papudinha", unidade da PM no Distrito Federal, por considerarem a estrutura compatível com a sua exposição institucional.
A tentativa de fuga de Silvinei Vasques provocou uma reação em cadeia na Polícia Federal. Neste sábado, foi determinada a prisão domiciliar de outros dez condenados pela trama golpista que ainda aguardavam recursos em liberdade.
As ordens foram executadas em oito estados, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo, com o objetivo de evitar novas evasões. Os alvos agora estão proibidos de usar redes sociais, devem entregar passaportes e tiveram suspensos seus portes de arma de fogo.
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