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Silvinei é alvo de denúncia de fraude em licitações de blindados

Conhecidos como ‘caveirões’, equipamentos não sobem ladeiras e não teriam blindagem para operações necessárias

Publicado quinta-feira, 21 de março de 2024 às 22:00 h | Autor: Da Redação
Preso desde agosto de 2023, Silvinei é acusado de ter atuado para tentar interferir nas eleições de 2022
Preso desde agosto de 2023, Silvinei é acusado de ter atuado para tentar interferir nas eleições de 2022 -

Oito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) de fraudar licitações e contratos de compra de 15 viaturas operacionais blindadas, popularmente conhecidas como ‘caveirões’, que não sobem ladeiras e não teriam blindagem para operações necessárias. Um dos alvos é o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques.

Preso desde agosto de 2023, Silvinei é acusado de ter atuado para tentar interferir nas eleições de 2022, fazendo blitzes nas estradas dos estados onde Luiz Inácio Lula da Silva era o mais votado.

Os veículos foram destinados à Superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Rio de Janeiro no período da gestão do ex-superintendente da PRF. O prejuízo aos cofres públicos ultrapassa R$ 13 milhões.

A denúncia foi oferecida à Justiça Federal no bojo da Operação Megatherium. Também são alvos os empresários e sócios da Combat Armor Defense do Brasil, empresa vencedora da licitação, dois policiais rodoviários responsáveis por iniciar e dar continuidade à licitação, o pregoeiro que aprovou a proposta inicial da Combat Armor Defense mesmo sem outros licitantes, e o fiscal técnico do contrato, que assinou relatórios de conformidade e termos de recebimento definitivo.

A empresa também foi investigada pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. De acordo com as apurações, entre as transações suspeitas realizadas pela Combat, houve pagamentos realizados em favor de Antonio Ramirez Lorenzo, ex-chefe de gabinete do ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, e de empresa de consultoria administrada por ele. Lorenzo também foi denunciado pelo MPF.

A denúncia aponta que a Combat frequentemente descumpria prazos e entregava produtos e serviços abaixo dos padrões acordados, ferindo a integridade dos contratos e colocando em risco a vida dos policiais.

A Combat Armor não está autorizada a fornecer o tipo de blindagem contratado pela maioria dos procedimentos. Além disso, as mesmas quatro empresas sempre aparecem no Serviço de Registro de Preços, tendo pouca ou até nenhuma concorrência - pois a Combat, muita das vezes, é a única a concorrer.

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