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EUA

Alerta na Bahia: taxa de Trump pode afetar celulose e petróleo

EUA é o terceiro principal destino das exportações da Bahia

Flávia Requião

Por Flávia Requião

10/07/2025 - 17:32 h | Atualizada em 10/07/2025 - 17:59
Porto de Salvador
Porto de Salvador -

Os Estados Unidos, que anunciaram uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros, são o terceiro principal destino das exportações do estado da Bahia, segundo levantamento do Portal A TARDE com dados da Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia (SEI-BA).

Entre os produtos da Bahia mais embarcados para o mercado norte-americano,no período entre janeiro a junho deste ano, estão itens de peso estratégico na balança comercial do estado, como a celulose, que lidera o ranking, além de derivados do setor petroquímico, cacau e combustíveis.

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Confira o ranking dos produtos que a Bahia mais exporta para os EUA:

  1. Celulose
  2. Produtos do petroquímico
  3. Cacau e derivados
  4. Combustíveis
  5. Café
  6. Água de coco

A nova alíquota anunciada, nesta quarta-feira, 9, pelo presidente norte-americano, Donald Trump, passa a valer a partir de 1º de agosto de 2025 e o coordenador de Acompanhamento Conjuntural da SEI, Arthur Cruz, avaliou, em entrevista ao Portal, os possíveis impactos da tarifa anunciada pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros. Segundo ele, caso a medida seja efetivamente implementada, setores estratégicos da economia baiana poderão ser diretamente atingidos.

“A implicação econômica é uma redução de atividade. Quando você tem indústrias voltadas para exportação, uma tarifa desse porte desestimula a produção, reduz o ritmo da atividade econômica e compromete a geração de empregos”, afirmou. Ele destaca ainda que a exportação é um dos motores da economia, pois movimenta renda, negócios e mercados para as empresas.

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De acordo com ele, a sobretaxa pode inviabilizar as vendas de produtos brasileiros no mercado norte-americano, ao torná-los menos competitivos em relação a países concorrentes.

No entanto, pesar dos possíveis prejuízos, o economista pondera que há alternativas para os exportadores, especialmente no setor de celulose. “É um segmento forte, com alta demanda global. A China, por exemplo, é um mercado relevante, com capacidade para absorver parte dessa produção, caso os EUA mantenha a taxa”, concluiu.

Tarifa de 50%

Trump anunciou ontem uma tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil. A medida surge como uma forma de retaliação ao país devido ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu na trama dos atos golpistas, no Supremo Tribunal Federal (STF).

“A forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional”, inicia o texto de Trump.

A nova taxação foi anunciada por meio de uma carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A cobrança entra em vigor a partir do dia 1º de agosto.

“Cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os Estados Unidos, separada de todas as tarifas setoriais existentes. Mercadorias transbordadas para tentar evitar essa tarifa de 50% estarão sujeitas a essa tarifa mais alta”, comunica o chefe da Casa Branca.

Na mensagem, Trump considera a relação comercial entre os país como desequilibrada e “longe de ser recíproco”. Nesse sentido, o presidente americano diz ser necessário o afastamento com o Brasil.

“Entenda que os 50% são muito menos do que seria necessário para termos igualdade de condições em nosso comércio com seu país. E é necessário ter isso para corrigir as graves injustiças do sistema atual”.

E termina a carta dizendo: “Essas tarifas podem ser modificadas, para cima ou para baixo, dependendo do relacionamento com seu país. O senhor nunca ficará decepcionado com os Estados Unidos da América”.

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Tags:

Bahia celulose Donald Trump estados unidos exportações

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