FÉ E POLÍTICA
Vídeo: Bispo ora para Nossa Senhora livrar Brasil do comunismo
Evento católico Desperta Brasil reuniu cerca de 80 mil pessoas no Estádio Mané Garrinha, em Brasília

Por Anderson Ramos

O evento católico Desperta Brasil reuniu cerca de 80 mil pessoas no Estádio Mané Garrinha, em Brasília, no último sábado, 30, mas não ficou marcado apenas pela religião e devoção.
Em determinado momento, o bispo Dom Adair José Guimarães, líder da Igreja Católica na cidade de Formosa (GO), pediu que Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, impeça o comunismo no país. Ele estava ao lado de Frei Gilson, um dos maiores influenciadores religiosos da atualidade e conhecido por declarações políticas.
"Pela interseção de Nossa Senhora Aparecida, venha sobre vós a bênção, que nos impede de ter fome, guerra, doença e o comunismo. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém", disse Dom Adair.
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O religioso possui 185 mil seguidores em uma de suas redes sociais. Apoiadores parabenizaram Adair, e criticaram supostos ataques sofridos por ele devido ao posicionamento.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que congrega os bispos da Igreja Católica, não se posicionou sobre o assunto.
Frei Gilson
O organizador do evento, Frei Gilson, ganhou projeção por conta de suas lives durante a madrugada, que reúnem milhões de fiéis.
Fora do meio religioso, ele também ficou em evidência após ter declarações vistas como polêmicas e, mesmo sem manifestar apoio direto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), passou a ser vinculado ao ex-chefe do Executivo por seus simpatizantes.
Durante uma transmissão ao vivo realizada em Brasília, em junho de 2021, ele apareceu cercado por bandeiras do Brasil e fez uma oração pedindo que Nossa Senhora livrasse o país do “flagelo do comunismo”.
O nome do religioso foi citado em investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe envolvendo Bolsonaro e aliados. Embora Frei Gilson não seja alvo da apuração, ele foi mencionado nos autos por ter recebido a chamada "oração do golpe", conduzida pelo padre José Eduardo de Oliveira e Silva, já indiciado pela PF.
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