POLÍTICA
Zambelli pode seguir presa e ser extraditada, diz perícia italiana
Laudo médico italiano conclui que a deputada tem condições de permanecer na prisão de Rebibbia e viajar ao Brasil
Por Redação

A Justiça italiana emitiu um laudo médico que aponta a manutenção da prisão da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) no país e abre caminho para sua eventual extradição ao Brasil.
Em documento, obtido pela CNN, a especialista italiana em medicina legal e ciências forenses Edy Febi faz uma análise do estado de saúde da brasileira.
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A médica levou em consideração os estados de saúde físico e mental de Zambelli e concluiu que ela tem condições de seguir seu tratamento médico dentro da penitenciária de Rebibbia, em Roma.
A especialista citou um quadro de transtorno depressivo de Zambelli, no entanto, ressaltou que “desde o início de sua detenção até a avaliação pericial, nenhuma indicação de automutilação ou comportamento anticonservador foi relatada”.
A médica também faz referência à Síndrome de Ehlers-Danlos, uma doença rara que causa frouxidão nos músculos e articulações. Ela observa, no entanto, que o quadro clínico da brasileira “não parece ser, no momento, potencialmente fatal”.
“Por fim, concluímos que não há provas de que o estado de saúde seja incompatível com o regime prisional, incluindo suas necessidades terapêuticas demonstradas, todas as quais podem ser atendidas dentro do centro de detenção”, declarou.
A médica também declarou não identificar complicações no estado de saúde de Zambelli que a impeçam de viajar de avião caso seja extraditada ao Brasil.
Zambelli passará nesta quarta-feira, 27, por nova audiência. A defesa da brasileira discorda do relatório médico e apresentará uma nova avaliação que atesta que a deputada licenciada não pode seguir detida em Rebibbia.
A parlamentar está presa desde 29 de julho. Na última audiência, foi autorizado o acesso a medicamentos na prisão feminina de Rebibbia, em Roma.
Em maio, a deputada licenciada foi condenada a dez anos de prisão por invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) junto ao hacker Walter Delgatti.
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