CONFLITO NO CAMPO
Chapada Diamantina: MST invade propriedade em Macajuba
Em menos de um mês, fazenda é quinta invadida pelo movimento no interior baiano
Por Da Redação
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, com um grupo de cerca de 170 integrantes, invadiu uma propriedade rural no município de Macajuba, na região da Chapada Diamantina. De acordo com informações da imprensa local, a fazenda invadida é produtora de café e fica localizada em uma região de difícil acesso.
As famílias teriam montado barracas e começado a plantar hortaliças e legumes no local. A Polícia Militar foi acionada, mas até o momento não houve registro de confronto ou de desocupação da área. O proprietário da fazenda já teria ingressado com uma ação de reintegração de posse na Justiça.
Em comunicado oficial, a Polícia Militar PM informou que recebeu um chamado do Centro Integrado de Comunicação (Cicom) sobre a invasão de uma propriedade rural por um grupo de pessoas. A PM prontamente reforçou o policiamento na região.
O próprio movimento divulgou a ocupação nas redes sociais. A fazenda em questão tem 1.400 hectares e, de acordo com o MST, estaria abandonada há décadas.
Na mesma publicação, o movimento ameaçou invadir outras propriedades na mesma região ao longo do mês. A dirigente do MST na Chapada Diamantina, Simone Souza, afirmou que essas ações fazem parte da "Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra". A nota também incluiu críticas ao agronegócio brasileiro.
Outras invasões
O MST já realizou outras invasões de terra na Bahia nas últimas semanas. No início de março, membros do movimento invadiram quatro fazendas da empresa Suzano Papel e Celulose. As áreas foram desocupadas após o governo, por meio do ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), anunciar a criação de uma "mesa de negociação".
No norte da Bahia, os integrantes do MST deixaram a Fazenda Limoeiro, na zona rural de Jacobina, após um confronto com proprietários de terras e pessoas da comunidade no início deste mês. A PM foi chamada para intervir e disparou tiros de bala de borracha para conter a confusão, resultando na destruição das barracas dos integrantes durante a ação. A ocupação, iniciada em 27 de fevereiro, alegava que os 1.700 hectares da propriedade estavam improdutivos.
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