Tecnologia torna agricultura mais rentável no Oeste baiano

A tecnologia de ponta, inclusive com utilização de softwares e aplicativos conectados em rede, é um dos trunfos do novo momento da agricultura no Oeste da Bahia. Isso ficou evidenciado no segundo dia de visitas da comitiva da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) à região. Na última terça-feira, 29, no município de Riachão das Neves, a comitiva conheceu todo o manejo realizado em um viveiro de mudas de cacau e banana, no qual é feito uso do aplicativo Fiboo, em projeto da BioBrasil e do Grupo Schmidt.

A utilização de um criterioso acompanhamento feito pelo aplicativo, somado às vantagens do uso de um sistema que integra Inteligência Artificial, resulta em mudas e depois plantas de excelente aspecto vegetativo e alta produtividade. Somam-se a isso as vantagens da funcionalidade proporcionada pela aplicação, que também é utilizada nos plantios de banana do Grupo Schmidt, nos quais a plataforma ajuda os colaboradores na realização de diversas tarefas, como o acompanhamento de cada planta através da leitura de um QR Code. Cada unidade tem seu QR Code, dando uma identidade à planta, que é acompanhada diariamente, registrando-se todas as atividades e ocorrências ao longo do processo de cultivo, até o momento da colheita.

Biocombustíveis

No período da tarde, o grupo da Seagri foi recebido pelo veterinário e produtor agropecuário Stefan Zembrod, na Fazenda Ipê, situada no município de Santa Rita de Cássia, cidade vizinha a Barreiras. A fazenda é referência na produção de biocombustível, conseguido a partir do grão do algodão, e também ganha destaque na região por agregar em sua diretriz de funcionamento a sustentabilidade. Por meio dos insumos produzidos a partir do algodão, por exemplo, é gerada a energia consumida na propriedade. Além disso, é o biocombustível da Fazenda Ipê que abastece os tratores e veículos no trabalho diário realizado na propriedade, que também abriga as criações de gado e de abelhas.

De acordo com Stefan Zembrod, a Fazenda Ipê está planejada de forma a estar sustentada por cinco pilares: sustentabilidade, sanidade, nutrição, manejo e genética. O forte do grupo é a produção sustentável do gado Nelore e de animais derivados do cruzamento entre esta raça zebuína e a Angus. Com 3,8 mil hectares de pastagens num total de 12 mil hectares de área, a fazenda abate, em frigorífico próprio, aproximadamente 10 mil cabeças de gado por ano.

As visitas aos projetos e propriedades da BioBrasil, do Grupo Schmidt e da Fazenda Ipê foram acompanhadas também pelo presidente da Câmara Setorial do Cacau da Bahia, Valnei Pestana, e pelo engenheiro agrônomo Edvard Bastos. Pela Seagri, estiveram presentes os assessores Thiago Guedes, Paulo Emílio e Armando de Sá.