VIOLÊNCIA
Motorista que conduziu Sara Freitas ao local do crime vai à júri popular
Advogado detalhou em entrevista o caso e as etapas do julgamento
Por Bernardo Rego e Azure Araujo

O júri popular do caso Sara Freitas acontece na manhã desta terça-feira, 15, no Fórum de Dias D’ávila e, presente no Tribunal do Júri baiano, o advogado Rogério Matos explicou ao Portal A TARDE o que ocorrerá no julgamento.
De acordo com o advogado, hoje apenas um dos acusados do crime, Gideão Duarte de Lima, motorista de aplicativo que conduziu Sara Mariano até o local onde ela foi morta, será julgado, pois ele foi o único que não recorreu e optou por enfrentar de primeira o júri popular. “A expectativa tanto da acusação como da família é a melhor possível”, ressaltou o profissional.

Ainda segundo Rogério Matos, Gideão responde pelos crime de “homicídio com a qualificadora de feminicídio e mais três, além do crime de associação criminosa, porque ficou claro no inquérito policial que eles se associaram no intuito de cometer esse crime”, pontou.
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“Além disso, eles cometem também o crime de ocultação de cadáver, porque após dois dias do assassinato, eles vão ao mesmo local e ateiam fogo na vítima”, acrescentou o advogado que disse não ter uma estimativa de tempo de pena, já que a decisão é exclusiva do judiciário, mas espera que a pena seja alta pela quantidade de delitos.
Rogério Matos confirmou ainda que a mãe de Sara, que mora no Maranhão e a irmã em Fortaleza, acompanharão o júri por videoconferência.
Caso Sara Freitas
A pastora e cantora gospel Sara Freitas foi brutalmente assassinada a mando do então marido, Ederlan Mariano, em outubro de 2023. Sara foi levada para uma emboscada, esfaqueada e morta. Dois dias após o crime, ainda teve o corpo carbonizado em um matagal na cidade de Dias D’ávila, região metropolitana de Salvador.
Os principais suspeitos são Ederlan Santos Mariano, Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como Bispo Zadoque, Gideão Duarte de Lima e Victor Gabriel Oliveira Neves. Os quatro estão presos na penitenciária Lemos Brito, na Mata Escura e Gideão participa hoje do júri popular.
Como Gideão atuou no crime?
Gideão simulou que o carro estava com pane para parar no local com Sara e ficou no carro enquanto Weslen e Victor mataram Sara, além disso, o motorista levou os executores de volta para a casa de Ederlan, o marido de Sara, e recebeu R$400 por transportar os três até o local do crime.
Depoimentos
Em depoimento, Davi de Oliveira, o primeiro a dar depoimento disse que já conhecia Gideão, Ederlan Santos Mariano e o Bispo Zadoque. Davi de Oliveira revelou também que foi ameaçado por Zidoque caso contasse sobre o caso.
Ligação entre os suspeitos
Em depoimento, Davi de Oliveira, o primeiro a dar depoimento disse que já conhecia da Igreja, Gideão, Ederlan Santos Mariano e o Bispo Zadoque, suspeitos de cometerem o crime contra Sara Freitas. Davi de Oliveira revelou também que foi ameaçado por Zadoque caso contasse sobre o crime.
Na época, Davi de Oliveira disse ter pedido um empréstimo no valor de R$ 200 para tratar um problema de saúde da sua esposa, que foi emprestado por Zadoque.
O júri popular que julga Gideão Duarte Lima nesta terça-feira, 15, é composto por cinco homens e duas mulheres. A juíza do caso é Mariana Lemos Lobo.
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