SALVADOR
Embasa reforça a preservação ambiental do Rio Camarajipe
Captações em tempo seco ajudam a preservar a orla atlântica e minimizar impactos da poluição em área urbanizada
Por Leonardo Coutinho

No Costa Azul, um dos mais movimentados bairros da orla soteropolitana, a população encontra uma importante aliada para enfrentar os desafios ambientais: a Embasa. Por meio de seis estações de captação em tempo seco instaladas ao longo do Rio Camarajipe, a empresa atua para evitar que toneladas de lixo e esgoto clandestino cheguem às praias da capital, sobretudo durante os períodos de estiagem — quando o volume do rio permite desviar os poluentes para o sistema de tratamento sanitário.
O Rio Camarajipe, com seus 14 quilômetros, é o maior curso d’água urbano de Salvador, nascendo na Boa Vista de São Caetano e desaguando no trecho de Costa Azul. Ao longo do seu percurso, que atravessa inclusive áreas de ocupação urbana desordenada, o rio recebe resíduos em grande volume diariamente — um problema que atinge diretamente a qualidade da água na orla atlântica da cidade.
Segundo Sérgio Ricardo dos Santos Silva, gerente de Operações da Embasa na região, “as captações em tempo seco são fundamentais, pois ampliam o volume de esgoto tratado mesmo em áreas ainda não atendidas por redes convencionais, principalmente onde a topografia dificulta novas estruturas.
Esse sistema minimiza a poluição do Camarajipe, sobretudo nos períodos de menor chuva”. Esses dispositivos funcionam eficientemente durante a seca, quando é possível canalizar o curso poluído para tratamento adequado; já nas chuvas, o aumento do volume hídrico limita sua operação plena.
Em Salvador e Região Metropolitana, a Embasa opera 65 estações de captação em tempo seco, implantadas em locais críticos onde a expansão da rede coletora se torna inviável ou impraticável, seja por ocupação irregular ou lançamentos clandestinos de esgoto.
Essa estratégia, somada à rede convencional, coloca a capital baiana entre as cinco capitais brasileiras que tratam mais de 80% do esgoto gerado, conforme ranking do Instituto Trata Brasil — ao lado de Curitiba, Brasília, Boa Vista e Rio de Janeiro. Além disso, sob a gestão da estatal, Salvador se destaca no Nordeste com índices de atendimento de 88,45% na coleta e 100% no tratamento.
Leia Também:
O impacto positivo se estende além da linha de coleta: ao reduzir a presença de lixo e esgoto na calha do rio, essas captações protegem a fauna e flora aquáticas, resguardam a saúde pública e preservam a qualidade do ambiente costeiro.
Como destaca a diretora de Operações da Embasa em Salvador e RMS, Joana Rolemberg: “com essas estruturas, conseguimos minimizar os impactos dos lançamentos irregulares e reforçar nosso compromisso com a sustentabilidade e a qualidade de vida da população”.
Em destaque para Costa Azul, essa atuação representa uma defesa direta da orla: a população local e os frequentadores das praias de Costa Azul se beneficiam diretamente ao ver reduzida a entrada de poluentes marinhos, contribuindo para uma cidade mais limpa, segura e saudável.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes