7 DE SETEMBRO
Família faz do 7 de Setembro em Salvador oportunidade de empreender
Movimentação do desfile vira oportunidade de negócio para ambulantes

Por Andrêzza Moura

Enquanto o desfile tomava conta da Avenida Sete de Setembro, comerciantes e ambulantes aproveitavam a movimentação para garantir um trocado extra. Entre eles, a vendedora ambulante Alana Talia do Santos Silva, 28 anos, que há anos trabalha junto com a família na Rua Horácio César, no centro da capital baiana, durante as celebrações. Com sua barraca repleta de brinquedos e lembrancinhas, ela se preparava para atrair crianças e famílias que passavam pelo percurso, transformando a movimentação do desfile em oportunidade de renda.
“Sempre quando tem um evento, 7 de Setembro, 2 de Julho, a gente está sempre trabalhando, correndo atrás do nosso. É a maneira mais certa que a gente tem de ganhar um dinheirinho. E é a alegria das crianças, não é? Aqui, vendo de tudo um pouco: pistolas de bolinha de sabão, espadas, bandeira”, contou Alana, afirmando ainda que ajuda o pai na barraquinha de coco verde.

No mesmo ponto, o marido de Alana e seu irmão, Wallace Bruno Santos, 29 anos, cuidavam do pula-pula.
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Sobre a rotina de trabalho durante o desfile, Wallace comentou: “Nesse dia de hoje, tem que aproveitar, também levar o pão para dentro de casa, não é? Cheguei aqui, era 3h30 da manhã, pra montar tudo, deixar tudo pronto para poder ver o desfile, as crianças brincar e ganhar o trocado", explicou ele.

Outro ponto bastante movimentado foi o Domício Bar e Restaurante, também na Rua Horácio César. Dona Eunice Bonfim Santos de Oliveira, 43, que atua no local há 40 anos, destacou a organização do evento e a tradição do desfile, mas reconheceu que os tempos mudaram.
“É tudo organizado, desfile lindo. Para ganhar dinheiro, já foi melhor. Tem muita gente desempregada, cada um tem que ganhar o seu trocado. Às vezes dá para levar algo para casa, às vezes não. Hoje, pretendo vender tudo", disse a senhora, revelando que, entre os pratos feitos para comercializar, tinha preparado xinxim de bofe, feijoada e dobradinha.
Alana, a família e dona Eunice são exemplos de que, além da celebração cívica, o 7 de Setembro também é uma oportunidade de trabalho e empreendedorismo.
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