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SALVADOR

Médico peruano do Samu de Salvador é denunciado por agressão

Seis ex-companheiras entre elas quatro médicas e duas enfermeiras relataram uma sequência de agressões físicas

Por Redação

28/01/2025 - 11:26 h
Médico permanece afastado por ordens da SMS
Médico permanece afastado por ordens da SMS -

Um médico peruano, Luís Gonzalo Velarde Acosta, de 38 anos, foi denunciado por seis profissionais da saúde acusado de praticar violência física, psicológica, virtual e patrimonial enquanto atuou no Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) de Salvador entre 2018 e dezembro de 2024. A informação é do G1.

As vítimas são duas enfermeiras e quatro médicas, com idades entre 28 e 37 anos, que se relacionaram com o suspeito nos últimos 10 anos. Cada um dos relacionamentos duraram entre um e dois anos, algumas delas não moram mais no estado baiano.

Uma das vítimas, que preferiu não revelar a identidade, contou que foi agredida no rosto pelo suspeito, além de ter sido trancada no apartamento e ter as roupas rasgadas pelo médico quando ele teve um suposto ataque de ciúmes.

Uma outra denunciante, que também pediu para não revelar o nome, disse ter sido empurrada da escada do prédio e expulsa do imóvel pelo peruano, pois não queria que ela assistisse à televisão. Ele também jogou as roupas dela na escada do prédio, pelo mesmo motivo.

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"Ele se aborreceu porque eu liguei a televisão, segundo ele o volume estava alto, e pegou todas as minhas roupas e jogou na escada do prédio. Disse para eu ir embora e chegou a me empurrar", relatou a ex-companheira do agressor.

As vítimas ainda contaram que quando o homem se chateava em público, apertava a mão delas mais forte e reclamava no ouvido, para não chamar a atenção das pessoas.

"Entre quatro paredes, ele se transformava", ressaltou uma das vítimas. Três das vítimas garantiram medida protetiva contra o suspeito. Uma delas se afastou do Samu por medo de trabalhar com o médico, mas as outras duas continuam no serviço.

O médico foi afastado por três meses pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Já as denúncias foram encaminhadas para análises da Procuradoria Geral do Município (PGM).

Um mês após, a PGM sugeriu que caberia à chefia médica do Samu o cumprimento das medidas protetivas no ambiente de trabalho e ao invés da suspensão total do contrato, fossem adotadas medidas que permitissem o exercício de trabalho de Luís Gonzalo, para evitar contato com as vítimas.

Com isso, as vítimas passaram a temer o retorno do médico aos trabalhos. No último final de semana, um manifesto foi encaminhado para a SMS com a solicitação de medidas cabíveis para que elas possam desempenhar os trabalhos delas em ambiente seguro, respeitoso e sem riscos à integridade física e psicológica.

Em resposta, a defesa do médico disse reconhecer a denúncia de apenas uma ex-companheira do cliente, e afirmou ainda que as reclamações são mentirosas e feitas para manchar a imagem de Luís Gonzalo.

Em nota, a SMS reafirmou a decisão de afastamento do profissional, disse que não foi acionada pela Justiça para adotar medidas protetivas, mas ainda assim optou por afastar o médico após receber as denúncias.

Questionada sobre a recomendação do retorno do médico ao trabalho, o órgão afirmou que respeita o exercício da ampla defesa do contraditório, uma vez que ainda vai ocorrer o julgamento e a finalização da investigação, mas destacou que o que segue válido é o afastamento do profissional.

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Tags:

agressão física médico Salvador samu

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