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05/11/2024 às 8:00 | Autor: Bernardo Rego

ANÁLISE

Relações saudáveis entre pais e filhos precisam de diálogo e respeito

Psicóloga Elsa de Mattos vai lançar, esta semana, um livro sobre parentalidade

Imagem ilustrativa de uma criança fazendo uma atividade lúdica
Imagem ilustrativa de uma criança fazendo uma atividade lúdica -

As relações entre pais e filhos são sempre um desafio. Quando o casal não vive mais em um matrimônio, os desafios aumentam, mas a criança não pode ficar desassistida. Dentro desse contexto, a psicóloga clínica e jurídica, especialista em Psicologia Jurídica, doutora em psicologia, Elsa de Mattos, vai lançar um livro sobre a temática na quarta-feira, 6.

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A autora conversou com o Portal A TARDE e contou de que forma enxerga ser possível encontrar o equilíbrio dentro de uma família, até mesmo quando os pais não vivem mais no mesmo lar dos filhos. Segundo ela, a base é o diálogo. "As relações saudáveis só se estabelecem através do diálogo. Sem diálogo, sem que as pessoas possam falar sobre as questões que lhes afligem e sem que se tenha respeito mútuo não se estabelecem relações saudáveis. Os conflitos geracionais sempre vão existir, é verdade, ninguém está livre disso. Mas, na medida em que as criança são vistas como sujeitos e não como objetos de posse pelos pais, as relações podem florescer de forma mais igualitária. Quando as crianças são pequenas eles têm que ser vistas pelos pais como sujeitos, mas isso não implica em que os pais tenham que fazer tudo o que os filhos querem. É importante associar a colocação de limites com a amorosidade. Muito limite sem amorosidade não é saudável, da mesma forma muita amorosidade sem limites também não é saudável", detalhou Mattos.

A profissional aproveitou para falar um pouco sobre as questões de gaurda que precisam ser resolvidas no âmbito da Justiça. Segundo a psicóloga, o parecer de um profissional da área é levado em conta para que o juiz possa proferir a decisão. "Em geral o juiz pede um estudo psicossocial que é conduzido por profissionais que fazem parte do quadro da justiça (são servidores) psicólogo e assistente social. Esses profissionais vão entrevistar a família e fazem um relatório que é encaminhado ao juiz. Ele vai decidir com base nessa a opinião técnica dada por esses profissionais. Essas pessoas avaliam como é a relação da criança com diferentes membros da família e de que forma esses vínculos trazem bem estar para a criança", pontuou.

Sobre a obra a ser lançada

Esta obra, cujo título é "Planos de Parentalidade Centrados nas Necessidades do Filhos: um Guia de Elaboração e Implementação" se baseia em uma ampla revisão da literatura científica sobre essa temática e busca tecer recomendações mais efetivas para a elaboração de planos parentais que atendam os melhores interesses das crianças. O objetivo é ajudar cuidadores a lidar com as principais questões que surgem no momento da ruptura familiar, de forma a contribuir com a elaboração de um plano coparental.

O plano de parentalidade é uma ferramenta que promove a reorganização da família num período de transição familiar, especialmente após uma separação/divórcio. Ele pode contribuir na pacificação de conflitos e na definição das práticas parentais fundamentadas nas necessidades dos filhos. Ele também ajuda a estruturar a rotina da criança em dois lares, com uma convivência mais equilibrada com ambos os cuidadores e suas respectivas famílias.

Nessa obra são oferecidas sugestões e recomendações essenciais para elaboração de planos parentais detalhados e centrados nas necessidades dos filhos. Um plano coparental bem elaborado envolve decisões tomadas entre os cuidadores para compartilhar os cuidados parentais e promover maior bem-estar e condições de desenvolvimento saudável para os filhos.

Imagem ilustrativa da imagem Relações saudáveis entre pais e filhos precisam de diálogo e respeito
| Foto: Divulgação

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Tags:

Diálogo família filhos país parentalidade relações Respeito.

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