SAÚDE
Anvisa alerta: 4 riscos graves ligados ao uso recreativo da tadalafila
Medicamento para disfunção erétil vem sendo consumido sem prescrição

Por Isabela Cardoso

O consumo recreativo de tadalafila, medicamento indicado para o tratamento de disfunção erétil, está crescendo entre jovens brasileiros e preocupa autoridades de saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre o uso sem prescrição médica, que tem sido motivado por pressões sociais e inseguranças relacionadas ao desempenho sexual.
O uso do remédio fora dos canais regulamentados expõe uma realidade preocupante: cada vez mais jovens utilizam a substância sem necessidade clínica. Especialistas apontam que a prática pode provocar efeitos adversos graves e criar uma dependência psicológica difícil de reverter.
Riscos à saúde vão além dos efeitos físicos
De acordo com a Anvisa, a automedicação com tadalafila pode causar complicações sérias como infartos, arritmias e acidentes vasculares cerebrais (AVCs). O risco não é apenas físico: cresce também a chance de desenvolver uma dependência psicológica.
Médicos alertam para a chamada disfunção erétil psicogênica, condição em que o indivíduo passa a acreditar que só consegue ter relações sexuais com o apoio do medicamento. Esse cenário agrava a vulnerabilidade emocional e afeta a qualidade de vida.
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Mercado paralelo aumenta os perigos
A popularização do consumo recreativo tem sido impulsionada pelo comércio irregular. O medicamento é vendido em mercados paralelos em formatos como gomas e suplementos, sem qualquer controle de qualidade.
A Anvisa alerta que muitos desses produtos são falsificados, sem garantias de dosagem ou composição, o que amplia os riscos para os consumidores. A recomendação é clara: a tadalafila deve ser usada apenas com orientação médica e após avaliação clínica.
O que diz a Anvisa?
Em nota, a Agência reforçou que o uso responsável da tadalafila é fundamental para evitar complicações. “Esse medicamento não deve ser consumido sem prescrição. A automedicação pode colocar em risco a saúde cardiovascular e psicológica do paciente”, destacou o órgão regulador.
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