JULHO VERDE
Bahia deve registrar 2.300 casos de câncer de cabeça e pescoço em 2025
Tabagismo, álcool e HPV são fatores de risco para doença
Por Redação

O mês de julho marca a campanha nacional Julho Verde, voltada para a conscientização, prevenção e diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 40 mil novos casos da doença devem surgir anualmente no Brasil a partir de 2025. Na Bahia, são esperados aproximadamente 2.300 casos, sendo 480 apenas em Salvador.
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“O diagnóstico precoce é fundamental porque aumenta as chances de cura. O tumor, quando identificado em estágios iniciais, tem maior chance de ser submetido a um tratamento curativo com melhores resultados e uma menor morbidade também. Quanto mais precoce a doença for localizada, reduz a necessidade de tratamentos mais agressivos que podem comprometer a deglutição, respiração. O objetivo não é só curar, mas oferecer também um tratamento mais brando que preserve a qualidade de vida”, explicou a oncologista da clínica AMO, Stella Dourado.
Os tipos mais comuns de câncer de cabeça e pescoço incluem os tumores de boca, laringe, tireoide e pele. Apesar de ser uma doença com alta taxa de cura — até 90% dos casos podem ser tratados com sucesso se diagnosticados precocemente —, o cenário ainda é preocupante: cerca de 80% dos pacientes chegam aos serviços de saúde com a doença já em estágio avançado, o que compromete o tratamento e as chances de recuperação.
A campanha Julho Verde tem como objetivo alertar a população sobre os fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento desses tipos de câncer. Entre os principais estão:
- Tabagismo
- Consumo excessivo de álcool,
- Infecção pelo vírus HPV
- Exposição solar sem proteção
“É importante ter campanha que estimulem o abandono do tabagismo, uso moderado ou abstinência do álcool, vacina para o HPV, promoção de hábitos saudáveis, higiene bucal e uso de protetor solar. O controle desses fatores é uma poderosa ferramenta de saúde pública que pode reduzir drasticamente a incidência de tumores de cabeça e pescoço”, ressaltou a oncologista.
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