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NOVIDADE?

Coca-Cola do Brasil é mais saudável que a dos EUA? Nutricionista responde

Trump defende adoção do açúcar de cana na Coca-Cola dos EUA, afirmando que é uma “boa iniciativa” para o país

Por Redação

17/07/2025 - 18:09 h
A mudança teria sido motivada por preocupações do secretário de Saúde da gestão Trump, Robert F. Kennedy Jr
A mudança teria sido motivada por preocupações do secretário de Saúde da gestão Trump, Robert F. Kennedy Jr -

O presidente americano Donald Trump anunciou que a Coca-Cola deve passar a adoçar seus refrigerantes vendidos nos Estados Unidos com açúcar de cana, em vez do tradicional xarope de milho rico em frutose. A declaração foi feita na quarta-feira, 16, em uma postagem na plataforma Truth Social. "Será uma boa iniciativa deles, vocês vão ver. É simplesmente melhor!", escreveu Trump.

A mudança teria sido motivada por preocupações do secretário de Saúde da gestão Trump, Robert F. Kennedy Jr., sobre os efeitos do xarope de milho na saúde da população. Hoje, enquanto nos Estados Unidos a fórmula padrão utiliza esse ingrediente, países como Brasil, México, Austrália e Reino Unido já usam açúcar de cana como adoçante.

Para entender o impacto dessa mudança do ponto de vista nutricional, ouvimos a nutricionista Taiane Cazumbá, docente do Centro Universitário UniRuy e conselheira do Conselho Regional de Nutrição (CRN5).

Diferença entre os ingredientes? Sim. Efeitos no corpo? Quase iguais.

"Sim, existe uma diferença na origem dos adoçantes: no Brasil, a Coca-Cola é adoçada com açúcar de cana; nos Estados Unidos, com xarope de milho rico em frutose. Mas, para o nosso corpo, os efeitos são praticamente os mesmos. Ambos são fontes de calorias vazias, ou seja, oferecem energia, mas nenhum nutriente essencial para o organismo", explica Taiane.

Ela reforça que ambos os tipos de açúcar são absorvidos rapidamente e podem contribuir para doenças graves. "Esses açúcares são absorvidos rapidamente, elevando a glicose no sangue e, quando consumidos com frequência, podem contribuir para problemas graves de saúde, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Ou seja, trocar o tipo de açúcar não torna a bebida mais saudável. O verdadeiro problema é o consumo regular e excessivo, não a origem do adoçante."

Coca-Cola americana ou brasileira: qual faz menos mal?

Segundo a nutricionista, não há versão mais saudável. "Não. As duas versões fazem mal da mesma forma quando consumidas com frequência. Seja com açúcar de cana ou com xarope de milho, estamos falando de um produto ultra processado, com alto teor de açúcar e nenhum benefício nutricional".

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Ela destaca que o impacto do refrigerante vai além do indivíduo. "O consumo frequente está associado a um risco maior de doenças como pressão alta, gordura no fígado, obesidade e problemas cardíacos. Dados recentes apontam que, só no Brasil, o consumo excessivo de refrigerantes contribui para mais de 13 mil mortes por ano, além de gerar um custo superior a R$ 3 bilhões ao SUS. O impacto vai muito além da saúde individual — é um problema coletivo e de saúde pública".

Como reduzir o consumo?

Para quem quer abandonar o refrigerante, mas ainda enfrenta dificuldades, Taiane orienta:

"Essa é uma realidade comum. O refrigerante é uma bebida que atrai pelo sabor, pela praticidade e pelo hábito, mas é possível, sim, fazer uma mudança com gentileza e constância. Algumas estratégias podem ajudar nessa transição:"

  • Comece reduzindo a frequência: se você toma todos os dias, experimente tomar em dias alternados, depois apenas nos fins de semana, até que se torne algo raro.
  • Busque alternativas naturais e saborosas: água com gás e limão, chá gelado sem açúcar, sucos naturais com pouco ou nenhum açúcar são ótimas opções.
  • Leia os rótulos com atenção: conhecer a quantidade de açúcar presente nas bebidas ajuda a refletir sobre as escolhas do dia a dia.
  • Dê o exemplo dentro de casa: crianças observam e reproduzem os hábitos dos adultos. Evitar refrigerante em família pode transformar a saúde de todos.
  • Evite ter refrigerantes disponíveis em casa: se não está ao alcance, a vontade passa mais rápido.
  • Participe de ações de educação alimentar e nutricional: informação é ferramenta de mudança. Entender como o refrigerante afeta nosso corpo pode fortalecer sua decisão.

Como nutricionista, meu conselho é:

Dê preferência às bebidas naturais e àquelas que nutrem o seu corpo. Refrigerantes são ricos em açúcar, aditivos químicos e corantes e, apesar de parecerem inofensivos, o consumo constante pode comprometer sua saúde a longo prazo. Seu corpo merece cuidado, e cada escolha consciente é um passo importante para uma vida mais equilibrada e saudável.

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Tags:

Açucar brasil Coca-Cola estados unidos EUA

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