BAHIA
Hospitais baianos são habilitados como Hospital Amigo da Criança
Entre as unidades de saúde está a Maternidade Tsylla Balbin em Salvador

Por Redação

Para fortalecer o cuidado desde o nascimento e reduzir as mortes maternas e neonatais, o Ministério da Saúde anunciou, nesta sexta-feira, 24, a habilitação da Maternidade Tsylla Balbino, em Salvador (BA), como Hospital Amigo da Criança. Ao todo, cinco hospitais passaram pela atualização.
A unidade passa a integrar a rede nacional da iniciativa, que promove o aleitamento materno e o vínculo entre mãe e bebê desde os primeiros momentos de vida.
Além da Bahia, outros 10 estados também terão hospitais habilitados, totalizando 18 instituições de saúde. O anúncio faz parte de uma estratégia nacional de qualificação da atenção à gestante e ao recém-nascido, com aumento do investimento anual de R$ 12 milhões para R$ 25 milhões. A ação foi realizada simultaneamente em Pernambuco e Paraná.
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Atualmente, o Brasil conta com 317 Hospitais Amigo da Criança em funcionamento nos 26 estados. Agora, terá mais 18 novas unidades que acabam de ser incorporadas à iniciativa.
Além disso, 56 hospitais passam por atualização de código de habilitação, processo que amplia o escopo da rede de hospitais ao incluir o Cuidado Amigo da Mulher, garantindo a permanência da mãe e do pai junto ao recém-nascido de risco.
Na Bahia, além da nova habilitação, cinco hospitais passam por atualização de código de habilitação, processo que amplia o escopo da rede para incluir o Cuidado Amigo da Mulher, garantindo a permanência da mãe junto ao recém-nascido de risco.
As unidades que passam por essa atualização são:
- Hospital Inácia Pinto dos Santos (Feira de Santana);
- Maternidade Climério de Oliveira (Salvador);
- Hospital Maternidade Luiz Argôlo (Santo Antônio de Jesus);
- Hospital Municipal Esaú Matos (Vitória da Conquista);
- Hospital Manoel Novaes (Itabuna)
Essa atualização reconhece práticas de cuidado humanizado que fortalecem a atenção integral desde o parto até os primeiros dias de vida, etapa fundamental para a redução da mortalidade materna e neonatal. Em 2023, o país registrou 1.325 mortes maternas e 40.025 mortes neonatais.
A razão de mortalidade materna chegou a 117 por 100 mil nascidos vivos em 2021 por conta do impacto da pandemia, e o índice passou para 55,3 em 2023. Os números reforçam a importância de ampliar e qualificar a rede de atenção à saúde da mulher e da criança em todo o território nacional.
Integrada a outras ações do Ministério da Saúde, como a Rede Alyne, lançada em 2024, com a meta de reduzir em 25% as mortes maternas até 2027, e que já investiu mais de R$ 400 milhões na ampliação de exames de pré-natal e no financiamento de leitos e bancos de leite humano, a iniciativa Hospital Amigo da Criança foi criada em 1992, integra a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e é referência na promoção do aleitamento materno e do cuidado humanizado no parto e no nascimento.
Esses hospitais seguem os “10 passos para o sucesso do aleitamento materno”, definidos pela OMS e pelo Unicef, e cumprem as normas brasileiras de comercialização de alimentos para lactentes.
Avanço no tratamento da hemofilia infantil
O Ministério da Saúde mobilizou, nesta sexta-feira, 24, o país em defesa da ampliação do uso do medicamento Emicizumabe no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de crianças de 0 a 6 anos com hemofilia A. Na Bahia, a mobilização acontece no Centro Estadual de Referência às Pessoas com Doença Falciforme – Rilza Valentim, reunindo profissionais de saúde, associações de pacientes e representantes do governo estadual.
O medicamento já é disponibilizado pelo SUS para outras faixas etárias e tem potencial para beneficiar 1.038 pacientes, reduzindo em mais de 90% os episódios de sangramento, diminuindo hospitalizações, prevenindo sequelas articulares e garantindo mais conforto, segurança e qualidade de vida às crianças e suas famílias.
O Emicizumabe é aplicado por via subcutânea, de forma semanal, substituindo o tratamento intravenoso frequente com o Fator VIII recombinante. A proposta de incorporação do Emicizumabe já foi analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que emitiu parecer preliminar favorável à oferta do medicamento. Durante a consulta pública, a sociedade civil e entidades de pacientes enviaram contribuições positivas. O processo segue agora para análise final da comissão, prevista para novembro.
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