SAÚDE
Saiba o que é pré-eclâmpsia, quadro que causou internação de Lexa
Condição afeta cerca de 5 a 8% das mulheres durante a gestação, segundo dados da Febrasgo
Por Redação
A cantora Lexa, que está grávida de seis meses, foi internada na noite da última terça-feira, 21, após o diagnóstico de pré-eclâmpsia. A condição afeta cerca de 5 a 8% das mulheres durante a gestação, segundo dados da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
A pré-eclâmpsia é caracterizada pelo aumento da pressão arterial durante a gravidez e demonstra sinais como inchaço excessivo, dores de cabeça intensas e a presença de proteínas na urina. Embora nem sempre apresente sintomas claros no início, a condição pode evoluir rapidamente, colocando em risco a vida da mãe e do bebê.
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Segundo Fernanda Nunes, ginecologista da clínica Atma Soma, a pré-eclâmpsia pode ocorrer a partir da 20ª semana de gestação, mas é mais comum no terceiro trimestre. Os especialistas recomendam exames pré-natais frequentes para detectar sinais precoces e evitar complicações.
O que pode causar a pré-eclâmpsia?
A condição não tem uma causa única definida, mas está relacionada a fatores como alterações nos vasos sanguíneos e resposta imunológica da mãe ao bebê. Se não tratada, pode evoluir para eclâmpsia, caracterizada por convulsões, ou síndrome HELLP, que envolve comprometimento do fígado e plaquetas.
Como funciona o tratamento?
O tratamento pode incluir repouso, medicamentos para controlar a pressão arterial e, em casos graves, a necessidade de adiantar o parto para proteger a vida da mãe e do bebê.
De acordo com a ginecologista, a principal meta é prolongar a gravidez o máximo possível sem comprometer a saúde de ambos, o que exige uma avaliação individualizada e constante. Nos casos mais graves, em que há risco de vida, o parto prematuro pode ser necessário.
O acompanhamento pós-parto também é essencial, pois a pré-eclâmpsia pode persistir ou surgir após o nascimento do bebê, o que reforça a importância de uma monitorização cautelosa.
Saiba os sinais:
- Hipertensão arterial
- Pressão arterial elevada (acima de 140/90 mmHg em duas medições com intervalo de 4 horas).
- Proteinúria
- Presença de proteínas na urina, detectada em exames laboratoriais
- Inchaço (edema)
- Inchaço excessivo, especialmente nas mãos, pés, tornozelos e rosto. Embora seja comum durante a gravidez, o inchaço repentino e intenso merece atenção.
- Ganho de peso rápido
- Um aumento significativo de peso em poucos dias devido à retenção de líquidos.
- Dor de cabeça intensa
- Dores de cabeça persistentes e graves que não desaparecem
- Alterações na visão
- Visão turva, sensibilidade à luz, visão dupla ou perda temporária da visão
- Dor no abdómen superior direito
- Geralmente localizada abaixo das costelas no lado direito, devido ao envolvimento do fígado
- Náuseas e vômitos / Não relacionados à hiperemese gravídica (náuseas do início da gravidez)
- Redução na produção de urina
- Quantidade anormalmente baixa de urina.
- Falta de ar
- Pode ser causada por acumulo de conteúdo nos pulmões.
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