SAÚDE
Veja como escolher o protetor solar ideal para seu tipo de pele
O Fator de Proteção Solar (FPS) indica quanto tempo adicional sua pele pode ficar exposta ao sol
Por Vitória Sacramento | Portal Massa!
Quem nunca ficou em dúvida na hora de comprar protetor solar? Afinal, qual a diferença entre as numerações de fatores de proteção? O Fator de Proteção Solar (FPS) indica quanto tempo adicional sua pele pode ficar exposta ao sol sem se queimar, em comparação à exposição sem proteção. Por exemplo, se sua pele leva dez minutos para começar a queimar ao sol, com um protetor de FPS 50, esse tempo será multiplicado por 50, totalizando 500 minutos.
Mas será que o FPS mais alto é sempre a melhor escolha? Não necessariamente. Especialistas explicam que o ideal é considerar o tipo de pele, o tempo de exposição e a atividade que será realizada.
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Entre todas as técnicas de skincare, o uso do protetor solar é a mais eficaz, especialmente em cidades como Salvador, onde o verão é intenso e a exposição ao sol é praticamente inevitável.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele não melanoma é o tipo mais comum no Brasil, representando cerca de 30% dos casos diagnosticados. Embora menos agressivo, pode causar deformidades e complicações graves. A exposição prolongada aos raios ultravioleta (UV) é um dos principais fatores de risco.
O protetor solar age como uma barreira que bloqueia ou absorve os raios UV. Esses raios são divididos em: UVA, que é associado ao envelhecimento precoce, como manchas e rugas, e o UVB, principal responsável pelas queimaduras solares e ligado ao desenvolvimento de câncer de pele.
O uso regular deve ser um hábito diário, mesmo em dias nublados, já que a radiação UV penetra nas nuvens.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda o uso de protetores com FPS mínimo de 30 para a população brasileira. Pessoas com pele clara, crianças e quem possui histórico familiar de câncer de pele devem optar por fatores mais altos.
Além disso, é importante escolher produtos que ofereçam proteção contra os raios UVA e UVB e que sejam adequados ao tipo de pele. Para peles oleosas, a melhor opção são os protetores em gel, fluido ou oil-free. Já para peles secas, os cremes hidratantes são mais indicados, enquanto as peles sensíveis se beneficiam de produtos hipoalergênicos.
Segundo a Dra. Maria Clara Gordiano, presidente da SBD Regional Bahia, é importante lembrar que nenhum protetor solar bloqueia 100% da radiação UV, e a reaplicação do produto, a cada duas horas, é fundamental, especialmente após nadar ou suar.
Os protetores solares em gel são ideais para áreas com pelos, como o peito, as pernas ou os braços, por serem mais fáceis de aplicar. Já os protetores em creme são recomendados para peles secas, pois ajudam a hidratar enquanto protegem. Por outro lado, as versões em spray ou bastão são práticas e oferecem maior resistência ao suor, sendo indicadas para quem pratica atividades ao ar livre ou esportes.
Os protetores com cor ainda oferecem uma vantagem adicional: protegem contra melasma e outras manchas solares, mas são ineficazes contra o câncer de pele.
A dermatologista também alerta para mitos comuns:
Pele negra não precisa de protetor solar: Mito. Pele negra também está sujeita a danos causados pelos raios UV.
Não precisa de protetor em dias nublados: Mito. A radiação UV atravessa as nuvens.
Protetor solar é só para a praia: Mito. Deve ser usado diariamente.
Ela reforça: “A maior quantidade de radiação que recebemos ocorre até os 20 anos. Proteger-se nessa fase previne o câncer de pele na velhice, além de rugas, manchas e perda de colágeno”.
Além do uso do protetor solar, adotar medidas como chapéus, roupas com proteção UV, guarda-sóis e óculos de sol ajuda a minimizar os efeitos do sol. Evite também exposição nos horários mais críticos, entre 9h e 15h. Lembrando que campanhas como o "Dezembro Laranja", promovidas pela SBD, alertam sobre os riscos da exposição solar sem proteção.
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