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TECNOLOGIA

De volta? Nokia anuncia retorno com estratégia focada em IA

Reestruturação ocorre em meio à queda dos investimentos em 5G

Luan Julião

Por Luan Julião

19/11/2025 - 16:04 h
Estratégia marca virada e coloca IA no centro do desenvolvimento de produtos e serviços
Estratégia marca virada e coloca IA no centro do desenvolvimento de produtos e serviços -

A Nokia apresentou, nesta quarta-feira, 19, um redesenho profundo do seu funcionamento interno e da estratégia global para os próximos anos, colocando a inteligência artificial no centro das operações e buscando ampliar de forma significativa seu desempenho financeiro. As mudanças, previstas para entrar em vigor em 1º de janeiro de 2026, reorganizam a companhia em dois grandes pilares: Infraestrutura de Rede e Infraestrutura Móvel.

Nova configuração da empresa

Com a reorganização, toda a área de Infraestrutura de Rede passa a concentrar os negócios ligados à expansão de data centers, IA e soluções de telecomunicações. Esse segmento reunirá três frentes, Redes Ópticas, Redes IP e Redes Fixas — mantendo o comando de David Heard. A expectativa da empresa é aproveitar o crescimento global da demanda por capacidade de processamento e conectividade em larga escala.

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Já a divisão de Infraestrutura Móvel vai agrupar Redes Centrais, Redes de Rádio e Padrões de Tecnologia. A área, que será comandada interinamente pelo CEO Justin Hotard, terá foco na criação de redes nativas em IA e no avanço das tecnologias de próxima geração, como o 6G. As unidades de Software Principal, Redes de Rádio e Padrões de Tecnologia compõem esse segmento.

Em comunicado, Hotard reforçou o papel da empresa na fase atual de evolução tecnológica. "Como fornecedora ocidental de confiança em conectividade segura e avançada, a nossa tecnologia está impulsionando o superciclo da IA", afirmou. Ele acrescentou: "Da infraestrutura fixa à móvel, desenvolvemos tecnologia que acelera a geração de valor para nossos clientes".

Investidas em defesa e reorganização de portfólio

Além da nova divisão operacional, a companhia anunciou uma estrutura direcionada à área militar. A recém-criada Nokia Defense funcionará como unidade de incubação dedicada a desenvolver soluções baseadas nas tecnologias de rede e conectividade da empresa para uso em países aliados, incluindo Estados Unidos e Finlândia.

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Outra medida é a criação da unidade Negócios de Portfólio, que passa a concentrar áreas consideradas não essenciais na projeção estratégica da empresa. Entre elas estão o segmento de rádio micro-ondas, implantação de sites, planta externa e soluções de acesso fixo sem fio (FWA).

Prioridades estratégicas

A partir de 2026, a Nokia pretende orientar suas operações com base em cinco eixos: expansão em IA e nuvem; liderança em redes móveis nativas em IA e tecnologia 6G; desenvolvimento conjunto com parceiros; investimento seletivo em áreas de diferencial competitivo; e geração de retornos financeiros sustentáveis.

Metas financeiras e cenário de mercado

No plano econômico, a fabricante prevê elevar o lucro operacional comparável para um intervalo entre 2,7 bilhões e 3,2 bilhões de euros até 2028 — superior aos 2 bilhões de euros obtidos nos 12 meses anteriores ao terceiro trimestre de 2025. A divisão de Infraestrutura de Rede deve registrar crescimento anual composto de 6% a 8% entre 2025 e 2028, com margens operacionais de 13% a 17%.

Para a área de Infraestrutura Móvel, a meta é alcançar margem bruta de 48% a 50% no mesmo período, partindo de um lucro operacional de 1,5 bilhão de euros.

Em outro comunicado divulgado ao mercado, a empresa destacou que aposta na inteligência artificial como motor da próxima fase de expansão tecnológica e como saída para o enfraquecimento dos investimentos globais em 5G. “A Nokia mudou o mundo uma vez conectando pessoas – e fará isso novamente conectando inteligência”, declarou Hotard.

A companhia também projetou uma redução relevante de custos operacionais, de 350 milhões para 150 milhões de euros até 2028, e confirmou o lançamento de uma unidade de produtos de defesa voltada à conectividade segura para países ocidentais.

Por volta das 10h30 (horário de Brasília), as ações da Nokia recuavam 4,8% na Bolsa de Helsinque.

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