TECNOLOGIA
Tesla vota plano R$ 5,7 trilhões de Elon Musk e decide futuro do CEO
Se aprovado, Musk passaria a deter quase 29% das ações da empresa

Por Victoria Isabel

Os acionistas da Tesla vão decidir nesta quinta-feira, 7, o futuro de Elon Musk na empresa durante a reunião anual, com a votação de um plano de remuneração avaliado em quase US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,7 trilhões). O pacote bilionário, que poderia ampliar significativamente o poder do CEO, divide opiniões entre investidores e especialistas.
O plano prevê entrega de ações ao longo de dez anos, condicionada ao cumprimento de metas ambiciosas, como:
- Aumentar o valor de mercado da Tesla de US$ 1,4 trilhão para US$ 8,5 trilhões;
- Vender 20 milhões de veículos elétricos;
- Colocar um milhão de robôs humanoides em operação;
- Ter um milhão de robotáxis em operação;
- Alcançar 10 milhões de assinaturas do sistema de direção autônoma FSD.
Se todas as metas forem atingidas, Musk passaria a deter quase 29% das ações da Tesla, consolidando seu controle sobre a companhia. O pacote é estruturado em 12 etapas de compensação atreladas ao desempenho, com o objetivo de manter o CEO motivado a longo prazo.
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O conselho da Tesla, liderado pela presidente Robyn Denholm, argumenta que o plano é essencial para manter Musk comprometido com a visão de longo prazo da empresa, incluindo robótica e inteligência artificial. Já críticos e consultorias, como Glass Lewis e ISS Stoxx, alertam para risco de concentração excessiva de poder, questionam a independência do conselho e recomendam rejeição do pacote.
A votação não é apenas sobre remuneração: ela pode definir o equilíbrio de poder dentro da Tesla. Uma aprovação consolidaria Musk como quase imune a decisões contrárias do conselho, garantindo estabilidade para seus projetos. Por outro lado, se aprovada com apoio restrito, poderia gerar incertezas sobre a governança da empresa e impactar a confiança dos investidores.
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