FERNANDO DE NORONHA
Ponto turístico que Neymar amava visitar é fechado pelo Governo
O Buraco do Galego é popularmente chamado de “Buraco do Neymar”

Por Victoria Isabel

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) interditou, nesta segunda-feira, 17, duas das piscinas naturais mais conhecidas de Fernando de Noronha: o Buraco do Galego, popularmente chamado de “Buraco do Neymar” e a Lasca da Velha, ambas na Praia do Cachorro. A suspensão, decidida em conjunto com a Administração da Ilha, vale por tempo indeterminado.
A medida foi tomada após denúncias de uso irregular, conflitos entre visitantes e prestadores de serviço e relatos de atividades turísticas não autorizadas. Segundo o ICMBio, o local passou a registrar episódios de violência, dificuldade de acesso e ameaça à integridade ambiental, especialmente durante períodos de mar agitado.
Os pontos turísticos se tornaram mundialmente conhecidos em 2018, quando uma foto de Neymar Jr. e Bruna Marquezine, registrada pelo fotógrafo Raul Aragão, viralizou e chegou a integrar uma exposição internacional. Desde então, o Buraco do Galego virou parada obrigatória para turistas, que formam filas em busca de uma imagem “instagramável”.
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Conflitos e riscos
O coordenador de Ordenamento Territorial do ICMBio em Noronha, Mário Douglas Fortini, afirmou que a interdição se tornou inevitável devido à crescente tensão entre turistas e prestadores de serviço.
“O principal motivo é o conflito atual deflagrado entre usuários e prestadores de serviço. Também fomos informados sobre prestação de serviço não regulamentado, o que não é permitido e ainda dificulta o acesso público”, explicou.
Além da desordem, o instituto destaca que o mar agitado eleva o risco de acidentes, justificando o bloqueio temporário. Placas de proibição foram instaladas nesta terça-feira, 18, e bombeiros passaram a orientar os visitantes.
Quem tentar acessar as piscinas poderá ser abordado, e a Polícia Militar poderá ser acionada. Penalidades administrativas serão aplicadas a quem descumprir a medida. A reabertura dependerá de estudos de ordenamento marítimo na Área de Proteção Ambiental (APA) de Fernando de Noronha.
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