VERÃO
Festival Virada Salvador: camarote acessível recebe elogios de PcDs
Local foi projetado para atender às necessidades de mobilidade reduzida
Por Isabela Cardoso
Em mais um ano, o Festival Virada Salvador 2025 busca a inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência no evento. O camarote acessível, montado para garantir o conforto e a mobilidade de todos os públicos, recebeu elogios de visitantes que estiveram presentes.
O Portal A Tarde conversou com algumas dessas pessoas, que compartilharam suas experiências neste ano.
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“Eu não tenho nada a reclamar do show. Não tenho nada a reclamar sobre o espaço. É importante ter esse espaço pra gente que não tem muita acessibilidade, dentro das festas, como está lotado. Em caso de acidente, é muito importante, é muito necessário”, disse Paulo Rogerio da Silva, de 34 anos.
O local foi projetado para atender às necessidades de mobilidade reduzida, com rampa, espaço amplo para cadeirantes e uma visão privilegiada do palco.
“A entrada está fácil pra entrar. Tem duas saídas para PCD. O pessoal está dando apoio tranquilo. Está muito bom esse ano, camarote está bonito, está com cobertura. A gente está aqui querendo que o ano que vem venha mais gente, porque o espaço tá maravilhoso e a acessibilidade está nota dez”, comentou Valdoneu Vale, de 55 anos.
Tiago Silva, de 41 anos, é um grande fã de Raça Negra, primeira banda a se apresentar nesta segunda-feira, 30. Ele também elogiou a estrutura do evento.
“É importantíssimo que nós tenhamos esses espaços em mais uma vez no Festival da Virada, a prefeitura tem feito acessibilidade de verdade. Não só aqui no camarote acessível, mas também na roda gigante e no em torno do festival. Eu que sou um fã eterno do Raça Negra, estou aqui hoje radiante”, ressaltou Tiago.
Mariza Melo, de 51 anos, participa do Festival desde a primeira edição, quando foi na Praça Cairu. Na época, ela não era uma pessoa com deficiência, mas era militante da causa e mãe atípica.
“Deixei de vir um tempo, estava indo pra Barra, mas voltei quando eu soube que poderia participar do Mirante Acessível Em 2019, eu sofri uma lesão na minha quinta vertebra da coluna. Me tornei mulher com deficiência, mulher fibromialgica, além de ser mãe atípica, que eu tenho uma filha surda. Então agora eu não luto mais só pelos espaços, como eu lutava pela minha filha, que agora ela está de maior, hoje eu acesso e luto pelo meu próprio espaço”, contou.
Ela destacou que, apesar da acessibilidade, ainda é necessário mais enfoque na causa PCD. “Poucas pessoas com deficiência conseguem chegar até esse espaço, ainda assim as vagas são poucas e o deslocamento entre a sua residência e ao local de chegada ainda é muito difícil”, completou.
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