VERÃO
“Nosso bairro tem cultura e axé”, vibra liderança do Bando Anunciador
Bando Anunciador participa há duas décadas da Lavagem de Itapuã
Por Edvaldo Sales

Tradição é o que guia ‘geral’ na Lavagem de Itapuã deste ano. Há cerca de duas décadas no evento, que completa 120 anos nesta quinta-feira (20), o Bando Anunciador abriu as portas da festividade, na concentração na Praça de Geraldão, perto da rua do Tamarineiro, ainda na madrugada. Momentos depois, o grupo despontou na Praça Dorival Caymmi.
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Chefiado por Maria Nasaré Purificação Soares, o coletivo tem, por costume, fazer valer a tradição e relevância do evento. A sobrinha de Dona Nini, liderança que está nos corações dos participantes, mencionou ao Portal A Tarde que o momento é também válido para mostrar que o “bairro tem cultura, energia e axé”.
“[Essa celebração representa] O amor do Itapuãzeiro pela cultura, vestimos a camisa de Itapuã, espalhamos para o mundo que nosso bairro tem cultura, energia e axé. Todo ano vem melhor, mais gostoso, com energia”, comemora.
O Bando Anunciador representa a cultura do antepassado em Salvador e, atualmente, marca presença apenas no bairro de Itapuã tal qual em Feira de Santana.
“Antigamente, as mulheres saiam com pratos, panelas, fazendo zoada e chamando a galera, hoje a gente sai com banda de sopro, vozes, chamando e com fogos, para trazer a população para a porta da Igreja. O que importa para gente é a lavagem nativa, que é a nossa cultura. Minha tia faleceu, meu marido também, e eu tomei a frente para que essa tradição não se perca”, reforça ela.

Trajetória
Por volta das 2h, o grupo saiu da porta da casa de Maria, seguiu algumas ruas até chegar em frente à Igreja. Lá, houve a união do grupo 'Nosso Quilombo’ em uma roda de samba. Posteriormente, o coletivo seguiu para a distribuição do feijão, e a roda se manteve com o Nosso Quilombo.
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