ZONA PET
Entre amor e apego: veja quando a relação com pet se torna dependência
Especialista diz que é preciso respeitar a natureza dos animais
Por Bernardo Rego

As relações entre pets e tutores são intensas e, muitas vezes, tratadas como se fossem de pais e filhos, nos moldes humanos. No entanto, muitos tutores acabam ultrapassando o limite da razoabilidade e criam uma dependência emocional junto ao animal.
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Cães e gatos, os pets mais comuns nos lares brasileiros, demonstram bastante afeto por seus donos, oferecendo, inclusive, apoio em momentos de dificuldade emocional. Porém, é preciso lembrar que esses animais possuem instintos diferentes dos humanos, e essa questão deve ser respeitada.
O Portal A TARDE ouviu a médica veterinária Lissa Glória, que destacou a necessidade de separar as coisas, além de salientar que o apego excessivo pode causar prejuízos aos pets.
"[...] Tem se tornado cada vez mais comum que famílias tratem seus animais de estimação como verdadeiros filhos. Esse vínculo profundo pode ser extremamente benéfico para ambos, proporcionando companhia, afeto e bem-estar. No entanto, quando esse amor ultrapassa certos limites, pode se transformar em uma dependência emocional prejudicial – tanto para o tutor quanto para o pet", alertou a veterinária.
Ela chamou a atenção para a humanização imposta aos animais, que se distancia de sua natureza e pode causar sofrimento psicológico. "Muitos tutores, na ânsia de oferecer o melhor aos seus animais, acabam humanizando excessivamente seus cães e gatos, atribuindo a eles comportamentos e necessidades que não condizem com sua natureza. Isso pode gerar uma série de problemas comportamentais nos pets, como ansiedade de separação, agressividade e insegurança. Além disso, os próprios tutores podem sofrer emocionalmente ao criar uma relação de apego excessivo, dificultando sua própria rotina e bem-estar psicológico", destacou a especialista.
Lissa ressaltou a importância de respeitar as necessidades dos animais e buscar sempre o equilíbrio. "Por mais que nossos pets façam parte da família, eles ainda são cães e gatos, com instintos e necessidades específicas que devem ser respeitados. O equilíbrio é essencial para garantir que essa convivência seja saudável e harmoniosa. Proporcionar amor e cuidados não significa privá-los de sua própria essência ou torná-los dependentes de nossa presença 24 horas por dia", acrescentou.
A especialista concluiu afirmando que "uma conexão saudável entre humanos e pets deve ser pautada no respeito às suas diferenças e no bem-estar de ambos."
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