ZONA PET
Terapia com pets oferece conforto a pacientes de hospital de Salvador
Cão utilizado na terapia é treinado por profissional especializado
Por Bernardo Rego

O tratamento de pacientes que chegam aos hospitais com as mais diversas demandas possuem, em cada caso, um procedimento específico com o objetivo de oferecer o caminho mais confortável àqueles que estão acometidos por uma enfermidade.
O Hospital Mater Dei Salvador (HMDS), por exemplo, implementou a contribuição de cães que auxiliam os pacientes. É a chamada Terapia Assistida por Animais (TAA) que promove benefícios físicos, emocionais e até cognitivos aos pacientes. O cão utilizado é chamado Twix, um border collie de seis anos, treinado desde filhote e com perfil tranquilo, sociável e seguro.
O Portal A TARDE conversou com o veterinário Bruno Rapozo para entender como o cão pode auxiliar os pacientes e o treinamento que é oferecido ao animal. Segundo o especialista, o animal é treinado para realizar essa função, ou seja, um cão com "linhagem de trabalho". Ele pontuou que, normalmente, é colocado uma coleira peitoral, significando que o cão está na sua hora de trabalho.
Rapozo salientou ainda que esses cães precisam ser treinados por adestradores que entendam o básico de adestramento. Ele citou um exemplo de cães que são levados para hospitais de crianças em tratamento com câncer e é utilizado pela criançada de modelo para fazer desenhos. Para que que o animal não ameace ou ataque alguém ele precisa ser treinado para isso.
Leia Também:
Também conversamos com a psicóloga e coordenadora do serviço de psicologia do HMD-SSA, Gabriela Rêgo, que nos explicou como funciona o trabalho dentro da unidade de saúde e que a Terapia Assistida por Animais (TAA) tem se expandido como forma de humanizar o tratamento hospitalar.
"A TAA vem se tornando cada dia mais praticada nos contextos de saúde em resposta à busca por humanização no cuidado, sendo utilizada como recurso terapêutico complementar para assistência integral ao paciente e seu acompanhante. Percebemos a demanda latente em nossos pacientes e iniciamos a busca por alguma tutora que realizasse um trabalho compatível com nossos valores institucionais", explicou.
A psicóloga, que é especialista em terapia cognitivo-comportamental, disse ainda que não há exclusividade do uso de cães para tratamentos específicos, mas usado em qualquer paciente. "Costumam se beneficiar os de longa permanência hospitalar, geriátricos, pediátricos, com vulnerabilidades emocionais, bem como os que já possuem relação afetiva prévia com cães", afirmou.
Gabriela pontuou que o hospital tem como um dos pilares proporcionar um atendimento personalizado, diferenciado e humano a todos. Segundo ela, além do cão terapeuta, há um protocolo de visita de animais de estimação, onde alinhamos cuidados e pré-requisitos para que o paciente possa receber seu bichinho de estimação enquanto estiver internado.
Ademais, o hospital conta com uma equipe multidisciplinar com trabalho em conjunto e agindo de forma articulada para a melhor assistência ao paciente e acolhimento ao seu acompanhante. Alguns profissionais possuem visitas regulares, outros são acionados conforme demanda da tríade (paciente, família e/ou colegas da equipe).
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes