EDUCAÇÃO E MÚSICA
Festival A TARDE FM promove oficinas para fortalecer rádio e produção musical em Salvador
Evento do Grupo A TARDE vai além dos palcos e forma talentos para a cena cultural da capital baiana

Por Bianca Carneiro

Se a sede do Grupo A TARDE se transformou em um verdadeiro palco para grandes atrações no último mês de agosto graças aos shows na Arena A TARDE, dessa vez, o espaço vai virar ambiente de educação nesta semana com as oficinas formativas gratuitas do Festival A TARDE FM, realizadas no auditório do Jornal A TARDE. Na quinta-feira, 18, profissionais renomados do rádio baiano compartilharam experiências sobre programação de conteúdo, enquanto nesta sexta-feira, 19, a atenção se volta para os bastidores dos festivais de música. A iniciativa tem apoio do selo Salvador Cidade da Música, da Unesco, da Unifacs, e da Prefeitura de Salvador, por meio da Secult.
Durante a oficina de programação de rádio, o diretor de programação e apresentador da A TARDE FM, Jefferson Beltrão, destacou a relevância do meio. “Vejo o rádio como um meio cada vez mais plural e necessário. Ele continua sendo companhia, prestação de serviço e credibilidade. A oficina é justamente para provocar reflexões sobre linguagem e formatos, mostrando que o rádio pode se renovar sem perder sua essência".
Beltrão ressaltou os pontos-chave para uma programação relevante:
Quero destacar três pontos centrais: a clareza da linguagem, a capacidade de conexão com a comunidade e a agilidade em dar respostas ao ouvinte. Esses elementos, quando bem trabalhados, fazem toda a diferença em uma programação relevante
Ele ainda reforçou a importância do Festival como espaço de debate cultural: “É uma forma de ampliar o alcance do festival. A música emociona, mas a comunicação informa e forma. Unir cultura e reflexão sobre o rádio reforça o papel do Grupo A TARDE em contribuir com a sociedade de maneira mais ampla".

O diretor da A TARDE FM, Eduardo Dute, apontou o papel estratégico das oficinas:
“Essas oficinas são parte da nossa estratégia em demonstrar que o compromisso do Grupo não é apenas com a informação e o entretenimento, mas também com a educação e o desenvolvimento profissional do nosso público. Desejamos fortalecer nossa imagem como uma instituição que investe em conhecimento e no futuro do mercado de comunicação e música na Bahia".
Leia Também:
Dute contextualizou a proposta do Festival e adiantou planos de continuidade. “O Festival A TARDE FM foi uma parceria com o selo Salvador Cidade da Música que celebra o título concedido pela Unesco em 2016, reconhecendo Salvador como a primeira Cidade da Música do Brasil na Rede de Cidades Criativas. O Festival foi um sucesso absoluto. No entanto, percebemos junto à Secult que o impacto poderia ser ainda maior se oferecêssemos algo que perdurasse além do evento. A música é o nosso motor, mas o conhecimento é o nosso combustível".
O sucesso das oficinas nos mostra que há uma demanda real por este tipo de conteúdo. Já estamos avaliando a possibilidade de transformar as oficinas em um projeto contínuo, talvez com periodicidade mensal ou bimestral, abordando outros temas relevantes do universo do rádio, da música e da produção cultural. A ideia de um formato itinerante, levando o conhecimento do Grupo A TARDE para outras cidades da Bahia, é algo que nos entusiasma muito
Também participou deste primeiro dia de formação, o programador da A TARDE FM, Celso Vieira.
Bastidores da música
Com inscrições gratuitas, as oficinas do Festival A TARDE FM seguem fortalecendo a formação profissional, incentivando redes de contato e valorizando os profissionais que mantêm viva a força cultural de Salvador. Nesta sexta-feira, 19, a Oficina de Produção de Festivais de Música traz ao público uma conversa prática sobre os desafios e as oportunidades da produção cultural. A produtora de comunicação Ariadny Araújo reforça a importância de abrir o debate para além do palco:
“Eu acho que discutir os bastidores é fundamental porque muitas vezes o público só enxerga o espetáculo pronto, né? Só enxerga o festival pronto, mas por trás existe uma cadeia enorme de profissionais que inclusive a gente não vai conseguir contemplar na oficina, né? Porque só são quatro pessoas, mas existe um planejamento que acontece muito antes, com desafios logísticos, financeiros, especialmente criativos, que precisam ser superados até a data da entrega".

Ela, que participa da formação ao lado dos produtores culturais Deco Oliveira e Aline Menezes e do arquiteto e cenógrafo, Vinicius Gomes, destaca o valor do encontro para fortalecer a cena local:
“A ideia é que todo mundo saia não só com informações técnicas, mas um pouco mesmo de uma visão clara do papel estratégico dos festivais nessa cena musical. Acho que esses encontros funcionam como pontes, tanto para a gente conhecer novas pessoas que estão aí se inserindo nesse mercado, fazer realmente um network para a gente ver quem é que está entrando, para que eles nos vejam também, porque como a gente está sempre nos bastidores, esses contatos acabam não sendo realizados de uma forma tão facilitada".
Para Ariadny, parcerias como a do Grupo A TARDE ampliam o impacto:
O Grupo A TARDE é um espaço de muita potência dentro da cidade de Salvador e tem também uma história muito ligada à cultura e à música da Bahia, afinal são mais de 40 anos de história. Acho que quando se une a prefeitura através da Secult e ao selo Salvador Cidade da Música, que é um selo reconhecido pela Unesco, amplia ainda mais a legitimidade dessa pauta. Acho que essa parceria mostra que discutir produção cultural é também pensar em políticas públicas, em desenvolvimento econômico, em pertencimento
Ainda é possível participar da oficina. Basta se inscrever no formulário clicando aqui.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes