PESQUISA
59% dos soteropolitanos precisaram de renda extra no último ano
Estudo revela percepção sobre renda, moradia, escolaridade e fome na capital baiana
Por Isabela Cardoso

A desigualdade segue impactando a vida dos soteropolitanos. Dados da Pesquisa Viver nas Cidades: Desigualdades, apontam que 59% dos moradores de Salvador precisaram realizar atividades extras para complementar a renda nos últimos 12 meses.
Salvador ocupa a 5ª posição entre as dez cidades pesquisadas, ficando atrás de Manaus, Belém, Fortaleza e Recife.
O estudo ouviu 3.500 pessoas online, em dez capitais brasileiras, entre dezembro de 2024 e julho de 2025. Ele considera internautas de 16 anos ou mais, das classes ABCDE, que moram nas cidades de interesse há pelo menos 2 anos.
A pesquisa busca entender a percepção da população sobre renda, moradia, escolaridade e desigualdades sociais.
Renda em queda para 35% dos moradores de Salvador
Quando perguntados sobre a renda pessoal no último ano, 35% dos entrevistados em Salvador afirmaram que tiveram diminuição nos ganhos, enquanto apenas 15% perceberam aumento e 37% disseram que a renda se manteve estável. Outros 8% não possuem rendimento e 5% não souberam responder.
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Apesar das dificuldades recentes, 48% dos soteropolitanos afirmaram que a renda melhorou nos últimos cinco anos, contra 35% que disseram não ter visto avanços e 13% que consideram ter se mantido no mesmo patamar.
Moradia e escolaridade: avanços tímidos na capital baiana
A percepção sobre moradia também revela desigualdades: 41% dos moradores de Salvador acreditam que sua condição de moradia melhorou nos últimos cinco anos, enquanto 26% avaliam que piorou e 29% afirmam que está igual.
Na área de escolaridade, o cenário é semelhante. Entre os entrevistados, 39% disseram ter conseguido melhorar o nível educacional, 28% não avançaram e 29% mantiveram o mesmo grau de instrução.

Percepção sobre fome e pobreza em Salvador
A população da capital baiana também enxerga aumento da pobreza. Para 33% dos entrevistados, a fome cresceu muito nos últimos 12 meses; outros 26% acreditam que aumentou um pouco. Já 19% não notaram mudanças, enquanto apenas 14% disseram que houve redução.
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