DESDOBRAMENTO
Audiência sobre assédio na 33 Steakhouse é remarcada para 2024
Uma das vítimas foi ouvida na manhã desta sexta-feira
Por Leo Moreira
Após cerca de três horas, a audiência de instrução do caso envolvendo as denúncias de assédio contra um dos sócios do restaurante 33 Steakhouse, Pedro Miguel, que aconteceu na manhã desta sexta-feira, 10, no Fórum Criminal de Sussuarana, em Salvador, foi remarcada e só voltará acontecer no ano que vem. Os novos encontros foram agendados para os dias 8 de março e 19 de abril de 2024.
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Nesta audiência, apenas uma das vítimas, uma adolescente de 15 anos, foi ouvida. No entanto, por se tratar de um depoimento especial, houve um tempo maior.
Após a sessão, o advogado que representa o empresário, Alano Frank, conversou com o Portal A TARDE e afirmou acreditar na inocência de seu cliente e que 'não houve nada criminal' no caso.
"A defesa confia plenamente na absolvição, na inocência de Pedrinho, já que não houve nenhum tipo ilícito, a conduta dele é atípica, não houve nada criminal e as próprias imagens do salvador shopping, do restaurante do 33 no dia do fato irão confirmar isso. Assim como o Ministério Público do Trabalho investigou tudo em relação a ex-funcionários e funcionários e mandou arquivar o procedimento porque não achou nada irregular na conduta dele, então nós estamos tranquilos, serenos e cientes que vamos sair vitoriosos dessa, apesar de todos os desgaste que ele já sofreu nesse período, como se fosse uma espécie de punição antecipada".
Já o advogado que representa a menor, Paulo Pires, disse acreditar na condenação do empresário.
"Ela foi ouvida pelos fatos que foram narrados na peça de ingresso do Ministério Público, ou seja, a denúncia. A denúncia fala que ele cometeu o crime de importunação sexual, o 215A do Código Penal, por sete vezes. Então, ele está sendo acusado por vários crimes, praticado por várias vítimas. E uma delas hoje foi ouvida. E ela contou tudo aquilo que aconteceu com ela naquele dia 3 de março. Reiterou todas as declarações delas prestadas no inquérito policial".
Segundo ele, ao todo, 9 testemunhas de acusação e cinco de defesa ainda serão auvidas."A declaração dela e como as das demais, são iguais porque aconteceu o fato, ela não tem o contrário diferente, elas contaram de forma coerente e firme o que aconteceu naqueles dias"
Investigações
Mais de 30 mulheres, entre clientes e ex-funcionárias, relataram terem sido vítimas de assédio sexual praticado pelo sócio do restaurante 33 Steakhouse, Pedro Miguel de Oliveira Silva, 59 anos.
No dia 14 de março, a Polícia Civil informou que o inquérito foi concluído pela Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e Adolescente (Dercca) e remetido ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que apresentou denúncia contra ele. Pedro foi indiciado pelo crime, além de injúria e oferecimento de bebida alcoólica a menor de idade, previsto no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).
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