BAHIA
Bahia tem mais de 1 milhão de habitantes em áreas de Unidade de Conservação
Estado é terceiro no país com maior proporção de moradores nessas áreas
Por Da Redação

Dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que a Bahia, estado com a 4ª maior população do país, tem 9,6% da sua população, 1 em cada 10 habitantes, morando em áreas de Unidade de Conservação.
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Com 1.354.144 moradores nessa situação, o estado tem a 3ª maior proporção do dado no país, atrás apenas do Distrito Federal, com 39,2% e do Maranhão, que tem 23%. O percentual nacional é de 5,8% da população brasileira nessa condições.
Áreas de Unidades de Conservaç são espaços territoriais com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo poder público, com objetivos de conservação, sob regime especial de administração, aos quais se aplicam garantias adequadas de proteção dos seus recursos ambientais.
Atualmente o Brasil possui 2.365 unidades deste tipo, com 206, 8,7% do total, localizadas no território baiano.
Unidades de Conservação
Há duas categorias de Unidades de Conservação: as de proteção integral e as de uso sustentável. O primeiro tipo tem o objetivo de preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos em lei. Neste grupo estão as estações ecológicas, reservas biológicas, parques, monumentos naturais e refúgios da vida silvestre.
Já o segundo grupo tem como objetivo básico compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. Estão inclusas nessa classificação as áreas de proteção ambiental, áreas de relevante interesse ecológico, florestas, reservas extrativistas, reservas de fauna, reservas de desenvolvimento sustentável e reservas particulares do patrimônio natural.
Na Bahia, quase a totalidade dos moradores em UCs vivem em unidades de uso sustentável: 1.343.857 pessoas ou 99,2%. E praticamente todas essas pessoas (1.336.259 ou 99,4%) vivem nas chamadas Áreas de Proteção Ambiental (APA).
Em 123 dos 417 municípios baianos, existiam pessoas morando em Unidades de Conservação, em 2022. Em termos absolutos, Salvador liderava esse ranking, com 177.380 pessoas (7ª maior população em UCs, dentre os municípios brasileiros), seguida por Luís Eduardo Magalhães (92.773) e Camaçari (70.809).
Em três municípios baianos, 100% da população residia em áreas de UCs: Itaparica, Madre de Deus e Vera Cruz. E em 30 cidades baianas, mais da metade (50%) dos moradores viviam nessas unidades.
População baiana
Na Bahia, 693.559 pessoas que vivem nas UCs são mulheres, o que representa 51,2% do total dessas áreas, proporção muito próxima à registrada na população total do estado, onde 51,7% das pessoas residentes são do sexo feminino.
Se a população das UCs baianas é levemente menos feminina do que a população geral do estado, ela é, por outro lado, mais jovem e mais preta. Nessas áreas, 22,2% da população tem entre 0 e 14 anos, contra 20,2% do total da Bahia. Consequentemente, a proporção de idosos nas Unidades de Conservação é menor, sendo de 12,9%. Já, no total do estado, 15,3% da população é de pessoas com 60 anos ou mais.

Em relação à cor ou raça, nas Unidades de Conservação baianas, a maioria da população (56,8%) se autodeclarou parda, assim como no estado como um todo (57,3%). Porém, a proporção de pessoas pretas era maior nessas áreas (26,1%) do que no total da população (22,4%).
Ainda de acordo com o estudo, , 527.087 moradores das Unidades de Conservação da Bahia possuíam alguma precariedade em relação ao saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo). O número representa 39,1% dos moradores de domicílios particulares dessas áreas.
A taxa baiana é levemente inferior à nacional, onde 40,3% dos moradores das UCs (ou 4.725.613 pessoas) possuem ao menos uma precariedade em relação a estes serviços.
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