CASO AISHA
Assassino de Aisha usava boneca para atrair crianças, diz polícia
Diretora do DHPP revelou mais detalhes sobre o assassinato de Aisha Vitória
Por Leo Moreira e Osvaldo Barreto
A diretora do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), Andréa Ribeiro, revelou que a boneca encontrada atrás da geladeira da casa onde Joseilson Souza da Silva, de 43 anos, suspeito do assassinato brutal de Aisha Vitória Santos da Silva, de 8, não era da vítima e sim usada para atrair crianças e possíveis viítimas. A informação foi divulgada durante entrevista coletiva na sede da Polícia Civil, no bairro da Piedade.
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"Ele tinha chegado há pouco tempo ali. Na residência dele foi encontrada, inclusive, uma boneca, né? Que, possivelmente, era usada por ele para atrair vítimas e teria sido usada também para atrair essa vítima", contou a delegada, que preferiu não revelar muitos detalhes sobre o depoimento do criminoso. "A garotinha aí que foi assassinada, mas é isso, são detalhes que estão aí nos autos do inquérito policial e que serão publicizados com mais detalhes ao final do inquérito."
A delegada disse que as equipes já desconfiavam que o autor da 'barbárie' seria morador da região. "Nós sabíamos que a probabilidade do autor do crime ser dali era grande, porque o corpo da vítima foi deixado em um local muito próximo da residência dela. E essa menina, ela foi procurada durante muito tempo ali pelos familiares e pelos vizinhos. Até quase duas horas da manhã, e no início da manhã, nós fomos acionados para dar atendimento a essa ocorrência, porque o corpo da vítima tinha sido deixado lá na localidade."
Caso
Cerca de 100 metros era a distância entre as casas dos parentes de Aisha Vitória Santos da Silva, de 8 anos. Percurso este que ela fazia rotineiramente na Travessa São Jorge, no bairro de Pernambués. No entanto, na segunda-feira, 22, a menina "meiga e educada", como salienta uma tia, não retornou para casa. Aisha havia sido vítima de um ato doentio e perverso de um vizinho identificado como Joseilson Souza da Silva, de 43 anos.
Durante horas, o paradeiro da pequena seguia sendo um mistério. "Era por volta das 17h quando sentimos falta dela. Começamos a procurar, distribuir fotos e as horas foram passando e começamos a ficar desesperados. Quando deu umas 22h30, fomos à delegacia e continuamos procurando até madrugada", contou a tia da jovem à reportagem.
À procura por Aisha teve um desfecho trágico e desesperador. O corpo dela foi encontrado praticamente em frente à sua casa. A menina estava descalça, apresentava manchas roxas pelo corpo e foi, literalmente, largada em cima de sacos de entulhos que estavam no beco.
"Todos nós resolvemos ir para casa, para descansar. Era por volta das 2h. Muitos trabalham e decidimos procurar por ela no início da manhã. Quando deu umas 4h40, ouvimos um barulho e quando todos desceram para a rua, vimos a pior imagem. Ela estava morta na entrada da rua", continuou.
Mas "quem fez tal monstruosidade?" com uma menina tão inocente, questionou a parente. A resposta veio horas depois, após a desconfiança da mãe da menina se confirmar.
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