SALVADOR
Citado como líder do PCC era dono de pitbull que atacou cães na Barra
Augusto César dos Santos Barbosa, conhecido como 'China', foi morto durante operação policial nesta quarta
O homem apontado pela polícia como líder da facção Primeiro Comando Capital (PCC) na Bahia, e que foi morto em Salvador, em troca de tiros com a PM, durante operação realizada na manhã desta quarta-feira, 22, era o dono do pitbull que atacou dois cães no último mês de abril, no bairro da Barra.
Segundo a Polícia Civil, durante coletiva para apresentar os resultados da Operação Hégira, Augusto César dos Santos Barbosa, conhecido como 'China', usava o animal para ameaçar e colocar medo em moradores e comerciantes do bairro.
Ainda segundo a Polícia Civil, China respondia a quatro homicídios, sendo três como mandante e um como executor.
O primeiro registro de ataque do pitbull foi registrado em 10 de abril, na orla da Barra, na região da escultura do Cristo. Um cachorro vira-lata passeava com sua tutora, quando o pitbull se aproximou e o atacou. O vira-lata teve hematomas internos e parte do pelo na região das costelas precisou ser raspado para cuidar dos ferimentos. O pitbull estava desacompanhado do tutor, sem coleira e sem focinheira
Em 25 de abril, o pitbull atacou e matou um poodle que estava com a tutora, uma menina de 12 anos com síndrome de down. Cinco pessoas tentaram salvar o poodle, mas não conseguiram que o pitbull o largasse.
Operação Hégira
Deflagrada nesta quarta-feira, pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), a Operação Hégira resultou na localização de 20 indivíduos, sendo 19 presos e um morto após confronto com a polícia no bairro da Barra.
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"Uma operação que demorou 22 meses de investigação e o nosso foco foi atacar não somente as pessoas que cometem o tráfico de drogas, mas aqueles que estão por trás, dando as ordens. Como nós já sabemos, os indivíduos que fazem o tráfico de drogas, eles também determinam o cometimento de vários homicídios e, assim, nós tivemos com essas prisões a possibilidade de esclarecer oito homicídios", afirmou a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito.
Além dos mandados de prisão, a Justiça também decretou o bloqueio de contas bancárias e congelamento de ativos financeiros dos investigados. A operação contou com quase 200 policiais.
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