SALVADOR
Citado como líder do PCC era dono de pitbull que atacou cães na Barra
Augusto César dos Santos Barbosa, conhecido como 'China', foi morto durante operação policial nesta quarta
Por Gabriel Gonçalves
O homem apontado pela polícia como líder da facção Primeiro Comando Capital (PCC) na Bahia, e que foi morto em Salvador, em troca de tiros com a PM, durante operação realizada na manhã desta quarta-feira, 22, era o dono do pitbull que atacou dois cães no último mês de abril, no bairro da Barra.
Segundo a Polícia Civil, durante coletiva para apresentar os resultados da Operação Hégira, Augusto César dos Santos Barbosa, conhecido como 'China', usava o animal para ameaçar e colocar medo em moradores e comerciantes do bairro.
Ainda segundo a Polícia Civil, China respondia a quatro homicídios, sendo três como mandante e um como executor.
O primeiro registro de ataque do pitbull foi registrado em 10 de abril, na orla da Barra, na região da escultura do Cristo. Um cachorro vira-lata passeava com sua tutora, quando o pitbull se aproximou e o atacou. O vira-lata teve hematomas internos e parte do pelo na região das costelas precisou ser raspado para cuidar dos ferimentos. O pitbull estava desacompanhado do tutor, sem coleira e sem focinheira
Em 25 de abril, o pitbull atacou e matou um poodle que estava com a tutora, uma menina de 12 anos com síndrome de down. Cinco pessoas tentaram salvar o poodle, mas não conseguiram que o pitbull o largasse.
Operação Hégira
Deflagrada nesta quarta-feira, pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), a Operação Hégira resultou na localização de 20 indivíduos, sendo 19 presos e um morto após confronto com a polícia no bairro da Barra.
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"Uma operação que demorou 22 meses de investigação e o nosso foco foi atacar não somente as pessoas que cometem o tráfico de drogas, mas aqueles que estão por trás, dando as ordens. Como nós já sabemos, os indivíduos que fazem o tráfico de drogas, eles também determinam o cometimento de vários homicídios e, assim, nós tivemos com essas prisões a possibilidade de esclarecer oito homicídios", afirmou a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito.
Além dos mandados de prisão, a Justiça também decretou o bloqueio de contas bancárias e congelamento de ativos financeiros dos investigados. A operação contou com quase 200 policiais.
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