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"Empresários estão empurrando a categoria para greve", diz sindicato

Audiência de conciliação está marcada para segunda-feira, 27

Publicado sexta-feira, 24 de maio de 2024 às 18:05 h | Atualizado em 24/05/2024, 18:36 | Autor: Bernardo Rego e Silvânia Nascimento
Saída da Estação Mussurunga
Saída da Estação Mussurunga -

O imbróglio em torno da greve dos rodoviários continua e, ao que tudo indica, só a Justiça vai ser capaz de resolver. Está marcada uma audiência para a próxima segunda-feira, 27, às 11h, na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT5). Em conversa com a imprensa, o presidente licenciado do Sindicato dos Rodoviários, Helio Ferreira (Pc do B), disse que a situação está praticamente insustentável e, na visão dele, os empresários estão "empurrando" a categoria para uma greve.

"Nós já temos uma assembleia permanente para a próxima terça-feira, às 15 horas, lá no sindicato. É o limite da campanha salarial. Nós estamos na data base vigente, não podemos deixar passar esse mês de maio. Então a gente teve que colocar esse detalhe para cumprir esse rito e esse limite também da nossa campanha, até para proteger as nossas cláusulas da nossa convenção coletiva, para garantir as nossas cláusulas. Vimos que não estava avançando, então diante dessa situação convocamos logo a categoria para uma assembleia final. A gente não está querendo a greve. A gente só quer uma greve se realmente não atingir o nosso objetivo. A gente quer uma proposta que atinja o nosso objetivo, que contemple a categoria e possa evitar a greve", disse.

"[...] O que a gente vê hoje na mesa, o que os empresários apresentam hoje na mesa é empurrando a categoria para a greve. Eu acho que os empresários estão querendo fazer alguma coisa como eles fizeram em 2006, que eles empurraram a categoria para a greve e conseguiram retirar vários direitos dos trabalhadores", acrescentou Ferreira.

O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT), Maurício Brito, informou que hoje foram encerradas as tentativas de negociação fora da justiça. Ele espera que, na Justiça do Trabalho, as negociações possam avançar para que se chegue a um acordo e que não haja greve.

Outro lado

O diretor do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), Jorge Castro, disse que foram feitas diversas reuniões, mas que se chegou a um impasse e, por essa razão, entraram em dissídio que vai ser julgado pela Justiça do Trabalho. Segundo ele, o "dissídio coletivo de greve pode ser a solução da não greve desde que o julgamento seja rápido".

Castro salientou ainda que, caso não haja acordo, o julgamento da pauta não vai acontecer na segunda-feira porque não há tempo hábil em virtude dos trâmites processuais.

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