CASO JOEL
Mãe de Joel aponta omissão de policiais durante julgamento
Júri popular iniciou na segunda-feira, 6, e se estende até esta terça, 7
Por Bruno Dias e Léo Moreira
Mirian da Conceição Moreno, mãe do pequeno Joel Conceição Castro, morto por um disparo de arma de fogo, afirmou que os policiais envolvidos no caso trágico estão omitindo os fatos no julgamento que está em curso nesta terça-feira, 7. O garoto morreu em novembro de 2010, no Nordeste de Amaralina, em Salvador, durante uma ação policial.
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Em entrevista ao Grupo A TARDE, a mulher ressaltou a estratégia do promotor. Mirian suspeita que os policiais desejam ficar de 'bico fechado' para não comprometer os colegas de profissão Eraldo Menezes e Alexinaldo de Santana, apontados como responsáveis pela morte de Joel, no processo do julgamento.
"Isso implica em um silêncio dentro da Polícia Militar, devido a eles ocultarem fatos, fatos reais que aconteceram, que na verdade foram assassinatos e que eles foram omissos", apontou.
Depoimentos e versões contraditórias
Presente no júri popular, que iniciou na segunda-feira (6) e se estende até esta terça (7), Mirian contou que ficou ligada nos depoimentos e que estes foram "desmascarados" pela doutora Mirella Brito.
"Ele disse que naquele dia eles receberam pela Sicom uma chamada de que tinha mais ou menos 15 homens e depois eles mudaram a versão que era três homens, depois de um homem naquele dia", iniciou ela, destacando a presença irregular dos agentes no dia da tragédia com o menino Joel.
"Quando foi acionado o colo na Sicom, a promotoria que o Ministério Público pediu, não teve nenhuma ligação, nenhum pedido para que a 40ª Companhia da CIPM fosse parar lá. Não tinha motivo para ele estar lá naquele dia através de pedidos e de ligações de que tinham meliantes atuando com o tráfico de droga lá no lugar. Não existiu isso", disparou.
Esperança na justiça
Por fim, a mãe do garoto Joel expressou confiança na justiça para que os responsáveis por assassinar o filho sejam condenados.
"Desde o primeiro dia, nós estamos muito esperançosos, porque nós estamos trabalhando desde o início com a verdade. Então, dentro dessa verdade não aumentamos os fatos, não forjamos provas, continuamos na mesma versão desde o início e de fato daquilo que aconteceu, então que a justiça seja feita, porque a nossa parte, a nossa perseverança de chegarmos até aqui, nós entendemos que o processo a gente vai sair com vitória".
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