Sindicato detona proposta dos empresários e mantém indicativo de greve
Audiência está sendo realizada na manhã desta segunda, na sede do TRT
O Sindicato dos Rodoviários recusou a nova proposta feita pelo setor dos empresários para tentar evitar que aconteça uma greve no transporte público de Salvador. Uma audiência está sendo realizada na manhã desta segunda-feira, 27, na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Em contato com o Portal A TARDE, o vereador e sindicalista Tiago Ferreira (PT) explicou a proposta dos patronais está muito abaixo do sugerido pela categoria. Inicialmente, os rodoviários queriam um ajuste de 7%, mas depois reduziram para 6%. Enquanto isso, os empresários ofereceram 2% e subiram para 2,73%.
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"A proposta do setor empresarial está abaixo da inflação e o sindicato nunca fechou um acordo com proposta abaixo da inflação. A audiência permanece, o presidente do tribunal sugeriu separar as duas partes para que a gente pudesse ser ouvido separadamente e assim chegar num denominador comum", afirmou Ferreira.
Sobre a expectativa para um desfecho, o edil afirmou que segue otimista para que uma nova proposta satisfatória seja apresentada pelos patronais, para que, assim, esta possa ser levada para a categoria.
"Vamos aguardar até o fim da audiência para saber se conseguiremos avançar. Essa proposta, até o momento, não contempla os trabalhadores", completou.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Helior Ferreira, afirmou que a categoria está preparada para todos os cenários, inclusive a greve.
"A categoria está preparada para a greve, nós estamos preparados para a greve. Então, se tiver a greve, vai ser greve por tempo indeterminado. Nós estamos organizados, fizemos assembleias, movimentos de rua, reunimos a diretoria, conversamos com trabalhadores, então temos esse sentimento de uma greve com 100% dos trabalhadores parados", disse.
Caso o impasse perdure durante a audiência, a expectativa é que a greve seja instaurada a partir desta quarta-feira, 29,. Sobre a possibilidade de paralisação, o vereador disse: "Sim, mas ainda não dá para poder dizer, porque depende muito mais do setor econômico do que de nós trabalhadores".
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